Não é um problema exclusivamente nacional, se bem que cá tudo assuma proporções anormalmente preocupantes. A questão central é a da concentração dos poderes que deveriam estar devidamente distribuídos e que, sobretudo nos últimos anos, se têm concentrado dramaticamente num núcleo duro de meia dúzia de sequazes cúmplices do inefável líder. Esta situação foi conseguida graças à instalação progressiva de apaniguados interesseiros e carreiristas nos diversos níveis da hierarquia dos vários poderes públicos e, até, na extensão ao sector público-privado dos media.
O resultado deste assalto ao poder, frio e calculista, denota uma ambição perigosa que nos deveria fazer pensar e relembrar outros tempos, sim, falo precisamente do modus operandi de Salazar, o que deveria despertar cuidados redobrados na opinião pública esclarecida portuguesa, mas que infelizmente nada desperta pois é praticamente residual a que não se encontra já assalariada. Faço aqui um pequeno parêntesis para explicar o que, há falta de melhor, designei por opinião pública esclarecida. Seria aquilo que António Sérgio toda a vida chamou à atenção para a urgência de se criar e que, até hoje, permanece inexistente que são elites culturais, que consigam ser uma via alternativa à opinião pública indiferenciada, que bebe acefalamente o que derramam os telejornais e a propaganda manipulada pela corja de piratas, um sucedâneo da União Nacional, que tomou o poder e o tem bem controlado.
Nestas circunstâncias não será de esperar outra coisa senão mais do mesmo, já que o que poderia vir a alterar esta situação seria, sobretudo, o sector da educação e este encontra-se impecavelmente manipulado para perpetuar a continuação deste estado de coisas. Poderíamos pensar que restam os blogues… É um facto, porém, a grande dificuldade que eu noto é que mesmo a escassíssima minoria que os lê, e que receio acabarem por ser sempre os mesmos a lê-los, tem o péssimo hábito de ler apenas textos curtos… Basta surgir um texto um pouco mais longo, como por exemplo este, para ser imediatamente saltado…
Do que fica, temos que as esperanças não são muitas e que só um verdadeiro milagre, nesta altura de ressurreição, que terá que ser um milagre de maior catadura, pois não creio que se consiga ressuscitar o que nunca existiu, conseguirá que as coisas comecem a dar sinais de quererem mudar. Até lá, a palavra aleluia deve ser guardada para uso exclusivamente religioso.
O resultado deste assalto ao poder, frio e calculista, denota uma ambição perigosa que nos deveria fazer pensar e relembrar outros tempos, sim, falo precisamente do modus operandi de Salazar, o que deveria despertar cuidados redobrados na opinião pública esclarecida portuguesa, mas que infelizmente nada desperta pois é praticamente residual a que não se encontra já assalariada. Faço aqui um pequeno parêntesis para explicar o que, há falta de melhor, designei por opinião pública esclarecida. Seria aquilo que António Sérgio toda a vida chamou à atenção para a urgência de se criar e que, até hoje, permanece inexistente que são elites culturais, que consigam ser uma via alternativa à opinião pública indiferenciada, que bebe acefalamente o que derramam os telejornais e a propaganda manipulada pela corja de piratas, um sucedâneo da União Nacional, que tomou o poder e o tem bem controlado.
Nestas circunstâncias não será de esperar outra coisa senão mais do mesmo, já que o que poderia vir a alterar esta situação seria, sobretudo, o sector da educação e este encontra-se impecavelmente manipulado para perpetuar a continuação deste estado de coisas. Poderíamos pensar que restam os blogues… É um facto, porém, a grande dificuldade que eu noto é que mesmo a escassíssima minoria que os lê, e que receio acabarem por ser sempre os mesmos a lê-los, tem o péssimo hábito de ler apenas textos curtos… Basta surgir um texto um pouco mais longo, como por exemplo este, para ser imediatamente saltado…
Do que fica, temos que as esperanças não são muitas e que só um verdadeiro milagre, nesta altura de ressurreição, que terá que ser um milagre de maior catadura, pois não creio que se consiga ressuscitar o que nunca existiu, conseguirá que as coisas comecem a dar sinais de quererem mudar. Até lá, a palavra aleluia deve ser guardada para uso exclusivamente religioso.