sexta-feira, 23 de maio de 2008

terça-feira, 20 de maio de 2008

Tratem bem os professores... eles começam a ser uma espécie rara em vias de extinção...





Tratem bem os professores… eles começam a ser uma espécie rara, em vias de extinção…
Uns pequenos comentários e um sério aviso.

Retomo um texto que escrevi há quase um ano atrás e que, na altura, enviei para uma série de jornais, revistas e por aí fora sem que ninguém lhe prestasse a mínima atenção. Lembro que, contudo, se estava a falar da implementação das medidas da sinistra ministra ou vice-versa e o assunto bailava, de boca em boca, na ordem do dia. Não me é muito frequente retomar um texto passado e, se o faço, é apenas porque me dediquei a escrever para esta outra forma de silêncio que são os blogues. Confesso que não sou nem sequer um informático medíocre, pelo que tal andava muito longe das minhas ideias vir a fazê-lo, porém, sem saber bem como e com um empurrão. daqui e dali, apareci aqui. Gostaram da rima? Cá estou, então, se calhar a escrever para o boneco, as pessoas ou os portugueses em particular não gostam de ler, pelo que desistem nas primeiras linhas, se fosse um filme talvez esperassem mais um pouco, mas ler… Duvido sejam muitos os que cheguem ao fim deste texto.

Bom, falava na altura sobre os novos critérios de avaliação e os contornos que iam tomando e dizia: é curioso notar este critério de avaliação…. Em bom português é o que se chama escrever a metro ou, se preferirem, mandar palha aos burros que o têm que ler. Gosto sobretudo do passo que exige “uma ou duas personalidades de reconhecido mérito no domínio da Educação”. Que quererá isto dizer? Será ser um político do PS ou de quem quer que seja que ocupe o palanque do poder? Quanto é que essas sumidades irão ganhar? Será que podem ser interrogadas pelos candidatos, para aferirem se esses iluminados leram o trabalho? Mas, e talvez sobretudo, onde é que eles estão? Na família da sinistra ou na independente & Cia a graduarem políticos de (adjectivo a escolher pelo leitor)? Quantos exemplares terão que ser impressos e quem os paga? Mais engraçado que estas questões será esperar pelas respostas que elas terão e que é pena que a sinistra não as tenha desde logo respondido. Contudo, não é de admirar que não o faça pois é o habitual.

Até aqui… dúvidas são dúvidas e já começamos a ver que a montanha pariu um rato, isto é, o único intuito foi meramente economicista, atrasando as progressões nas carreiras, fazendo milhares de colegas mais velhos a pedir a reforma, ainda que com graves penalizações, o que constitui o duplo ganho de penalizar nas reformas e de os fazer substituir por colegas que, não estando na carreira, já que as vagas estão fechadas há anos, ganham pelo mínimo da tabela, vilipendiando a classe e virando a estúpida opinião pública, perdoem-me a franqueza mas não é difícil virar a grande maioria das pessoas contra aqueloutros, que tiveram que os chatear e contrariar para os socializar e dos quais, nestes casos, apenas parecemos recordar as experiências más e esquecer as boas. Pelo que vejo, leio e através disso julgo saber, os nossos chefes mais directos, a sinistra e o gajo que fuma às escondidas (uma vez mais o recalcamento do tempo, que foi o meu, em que se os professores nos apanhavam a fumar era uma chatice) seguem-lhes o exemplo, também o seu percurso escolar é tão dúbio, tão acanhado, tão modesto… Fico por aqui.

O que me assusta verdadeiramente é que, muito em breve, não teremos ninguém que queira ser professor ou então teremos apenas pessoas desqualificadas e inaptas para o serem, os idiotas do costume, isto é aqueles que pensam que os professores ganham muito e não fazem nada, que pensem um pouco… quem é que, no seu juízo perfeito, quer hoje iniciar uma carreira de professor? Quais são os atractivos? Ganhar à volta de cento e poucos contos, ser obrigado a ter uma qualificação académica elevadíssima (e séria…), sujeitar-se a andar de malas às costas mais de uma década e ser insultado e enxovalhado por alunos, pais, políticos e, no fundo, por todos excepto os colegas que os percebem? Quem desconhece poderá dizer que no topo da carreira se ganha muito, o tal 10º escalão, pois bem, não chega a 400 contos, ao fim de mais de 20 anos de serviço, (agora 25 ou mais) acham muito? Qualquer badameco ganha muito mais que isso sem se sujeitar a uma vida de estudo e sacrifícios cada vez mais acentuada. Resultado? Vai-se voltar ao passado em que 90% dos professores estavam de passagem e para quem as aulas eram um biscate para o início de carreira ou um mero entretém. Duvidam? Eu sou desse tempo, quando era aluno os meus professores raramente tinham habilitações profissionais para o serem e só nestes dois anos lectivos e nas turmas em que eu participava como professor saíram inúmeros colegas: ou pediram a reforma, por não aguentarem mais, ou foram curiosos, alguns com muito boa vontade, qualificação e (perdoem-me a expressão nada eduquesa, com muito jeito para ensinar) que foram experimentar e quando viram ao que iam chamaram-nos malucos e foram-se embora. Alguns sem se darem ao trabalho de o comunicar…

Fizeram bem, hoje ser professor raia a idiotia e, nessa medida, talvez a sinistra tenha razão em nos tratar como idiotas. Porém, não esqueçam que os filhos deles terão sempre bons professores e bons colégios, os vossos filhos é que não… acabando a geração que agora está a leccionar não haverá mais pessoas à altura de o fazerem e lembro os mais desprevenidos que formar um professor leva mais de dez anos… não é de um dia para o outro como os ministros e os políticos. Por tudo isto vos digo: tenham cuidado, não se deixem enganar e tratem bem os professores, eles começarão a ser uma espécie rara, em vias de extinção…

domingo, 18 de maio de 2008

NOVA PONTE NA IDEIA DO ENGENHEIRO....




AINDA SOBRE OS CIGARROS DO PINTO de SOUSA...

Lembrei-me, agora, de vos anunciar uma sugestão que me fizeram e que não me pareceu nada mal ... Nada disto se teria passado se o nosso PM saísse por uns momentos, em pleno voo, para fumar o tal cigarro. Creio que os portugueses lhe agradeceriam, a ele e à gravidade...