sábado, 12 de julho de 2008

Sem Comentários




Ainda o Irão, Israel e os EUA…



Se tiverem seguido os posts que tenho escrito sobre o assunto, verificarão que, ainda dentro do campo político-militar, falta considerar um último aspecto que é o facto das tropas iranianas e americanas estarem dos lados opostos da mesma fronteira, isto é, nada garante que o Iraque não possa ser atacado, mesmo por via terrestre convencional, pelos iranianos… Seria uma loucura? Bom, com este tipo de regimes já se viram cometer loucuras maiores e, para além disso, um conflito deste tipo traria, necessariamente, avultadíssimas baixas iranianas, o que, por estranho que possa parecer, viraria a comunidade internacional mais contra os EUA do que contra o Irão, sendo que para os iranianos estas não teriam significado nenhum.
Por outro lado, a guerra no Iraque já vai muito demorada, cinco anos e já bastantes milhares de mortos e feridos americanos, não pareceram resolver, nem melhorar a situação. Ora, a abertura de uma nova frente com um inimigo determinado e fanático, apenas agravaria em muito o estado de coisas. Contudo, se analisarmos com rigor a situação, a solução para ela já há muito escapou das mãos dos americanos, os quais, ainda ensombrados pelo sempre eterno trauma do Vietname, deixaram de ter a capacidade de decisão na área. Esta passou a estar, agora, nos timings israelita e iraniano, pois se qualquer um deles atacar os EUA, que têm muitas dezenas de milhares de homens na região, queiram ou não, serão arrastados imediatamente para o conflito. Vêem-se, pois, nuvens muito negras para os próximos tempos mundiais.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ainda e sempre os mísseis…



Ao analisar-se este tipo de notícias e de argumentos cremos que, para o fazermos com algum rigor, é necessária a presença ao nosso lado de um mapa da região. Ora, efectivamente, a Rússia tem razão, já que não existem a leste o que se possa designar por estados párias, mas tão só a Bielorrússia, a Ucrânia e a Rússia… Nessa medida, a Turquia, a Grécia e a Itália estão numa posição muito mais privilegiada e até exposta do que propriamente a República Checa e a Polónia, em que não se vislumbra, para o efeito, qualquer interesse e, aliás, se o houvesse, este já teria sido divulgado e explicado, o que em bom rigor não seria preciso porque facilmente se perceberia.
O que leva, pois, os EUA a quererem colocar um escudo anti-míssil tão a Norte é, para além da pressão do seu lobby armamentista, de facto, um retrocesso no processo de desanuviamento iniciado com a queda do muro de Berlim, mas e porquê? Qual o interesse de semear radares e anti-mísseis pela Europa de Leste? Obviamente que directamente penso que nenhum, mas, se voltarmos a olhar para o mapa, reparamos que a Rússia, se quiser responder ao guarnecimento militar desses dois países, terá que a perder a Sul, nos territórios entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, onde nunca deixou de ter problemas e que é uma zona de grande interesse para os EUA já que é a zona mais importante para o controle da rota do petróleo do Mar Cáspio. Portanto, parece-me que temos aqui um gato escondido, com o rabo de fora…

T.G. QUÊ?


quinta-feira, 10 de julho de 2008

Discursos reais...

Sócrates anuncia “passe escolar” e triplica alunos beneficiários da acção social

Só resta saber quem e quando…


A história tem-nos mostrado que Israel, nos seus sessenta anos, apenas tem sobrevivido garças ao seu poderio militar, aos seus serviços de informação e à sua aliança com os EUA, fruto do enorme poder que o lobby judaico detém. Nos últimos dias, temos assistido a um gradual aumento de exibição de poder militar por parte do Irão e, estranhamente, Israel também o fez, já que o seu modo natural de agir é atacar primeiro e avisar depois, desde logo porque o seu espaço físico não lhe permite outro tipo de guerras que não sejam ofensivas, uma vez que não tem para onde recuar. Se analisarmos a situação na região, temos a Síria, que não tem reagido aos ataques preventivos de Israel, o Iraque, que se encontra invadido e em guerra civil, o Egipto, que está muito mais preocupado no estabelecimento de boas relações com o Ocidente, a Jordânia, que como habitualmente não tem qualquer peso e o resto dos países árabes que, encabeçados pela Arábia Saudita, não só temem, talvez mais do que todos o Irão, como sabem que a sua segurança está nas mãos dos EUA e, ironia das ironias, do próprio estado de Israel. Olha-se para o mapa e não se vê mais nada, já que na própria Líbia, Kadafy anda a dar palmadinhas nas costas de Sarkozy.
Para além do que foi exposto, ninguém parece estar a ver com bons olhos o desenvolvimento dos mísseis Shahab, nomeadamente a versão 5 que, com um raio de acção de 6000Km, será capaz de atingir todas as capitais europeias, e qual seria o estado europeu que gostaria ver isso acontecer… Ainda por cima, se aliarmos a tudo isso a continuação do desenvolvimento do seu programa nuclear, o panorama torna-se negro. Mais, se analisarmos friamente as coisas, o Irão não está sob ameaça de ninguém, já que o seu arqui-rival Iraque se encontra a ferro e fogo. Logo, se não é para se defender, para que se quer um exército de um milhão de homens e um investimento colossal em armas senão para atacar? É esta questão principal que devemos colocar… A outra, e não menos importante, é a de saber quem e quando vai fazer o trabalho sujo, se Israel se os EUA.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

terça-feira, 8 de julho de 2008

Porque é o post nº 100, vai uma prenda...

Uma prenda

Lá vem, outra vez, o polvo...



Ainda ninguém está certo do que deve fazer, seja a respeito do que fôr, aeroporto, TGV, terceira ponte, etc., etc., já começam as promessas... Milhões para isto, milhões para aquilo, pensões e subvenções para acoli e acolá e o povo, embrutecido, ignorante e estúpido lá vai, cantando e rindo atrás do flautista de Hamelim... Não há nada a fazer... Eu moro em Cascais, fiquei desiludido por o aeroporto não vir para Tires. O quê que me vão dar? Eu e a Maria até já estávamos a pensar comprar uma furgoneta de venda de sandes de coiratos para os avionautas que chegassem e agora nada? Queremos investimento, queremos... bem é indiferente, o que pedirmos agora dão-nos...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Porquê que os Sinais exteriores de riqueza não têm controlo automático ou outro pelo Fisco?



É sempre com algum asco que leio este tipo de notícia, chateiam-me profundamente. Se parece haver forma de cruzar dados de uma forma fácil entre o que se declara e o que se tem, então dever-se-ia fazê-lo, nem que se constituísse uma brigada de voluntários fiscais que ganhassem à percentagem… Eu era logo candidato… Adoraria começar pelos deputados e outros cargos engraçados deste país, mas é necessário não nos distrairmos. Como moro em Cascais, nem teria necessidade de me deslocar para o emprego, bastava ir à bomba de gasolina mais próxima e abordar quem estivesse a abastecer um carro superior a 10 000 contos, desculpem lá mas essa coisa dos euros nunca me caiu bem, e dizer-lhe: - Olá, pertenço ao GVFCP (Grupo de Voluntários Ficais Contra a Parasitagem) e queria falar consigo. Que bela máquina o senhor aí tem, vamos lá mostrar-me o que tem em seu nome e o que declara às finanças… Rapidamente se concluiria que o indivíduo ou roubava nas horas vagas ou fugia ao fisco, depois ia à Marina ver os barcos, onde quase nenhum custa menos de 5000 contos, e faria o mesmo, seguindo, para terminar o dia, para o registo predial falar com quem estivesse a registar um imóvel, por aqui há T1s em que 50 000 contos só se for para a entrada… E tinha o dia feito, eu e as finanças…
Porém, sejamos sérios… Não devíamos ficar por aqui, em muitos casos iríamos verificar que o barco de 9 metros, bem como o seu lugar na marina, pertenciam a uma empresa de construção civil… Era a vez de o senhor proprietário explicar para que servia a uma empresa desse tipo a embarcação… para levar ao trabalho os calceteiros marítimos? Ou para ir betonar as ondas ao largo de Cascais? Bom, claro que as explicações não serviam, não é? Depois íamos aos carrinhos… quantos estão em nome da empresa? 6? Mas a empresa nem tem tantos funcionários… e as casinhas, são para servir de armazém? Bom, mas se há o usufruto de tudo isso esse usufruto deve ser tributado como rendimento, não é? O senhor aufere além do ordenado mínimo o usufruto de coisas que são da empresa mas que quem as utiliza é V. Exª, Não é? Bom…então toca a pagar, aliás como tudo o resto que é debitado como custos na contabilidade e que não se consegue explicar, duas empregadas de limpeza a serem pagas por uma empresa que tem um escritório minúsculo? Não pode ser, atrapalham-se… Ajudam a sua mulher nas limpezas lá da casinha? Mas no contracto de trabalho diz que o local é ali e não acolá, logo meu amigo também não serve.
Que belo Portugal teríamos… ao fim de um ano dávamos mais lucro do que a Galp e a Brisa juntas, tornar-nos-íamos o país modelo da Europa e do Mundo. Porquê que isto não se faz? É simples, porque os que mandam é que seriam os lesados e esses têm sempre muito cuidado quando se trata de legislar algo que se possa virar contra eles. É este o problema nacional, não é mais nenhum: uns pagam o que têm e não têm, são sangrados até quase à morte e, os outros, riem de gozo porque têm esquemas para tudo e não pagam nada. Esta é a verdade toda a gente sabe, mas não tem acesso ao poder para inverter a situação, como dizia em “Governo exige mais dividendos às empresas públicas,”quem detivesse o poder e viesse com ideias destas ficaria logo sem ele…

domingo, 6 de julho de 2008

Polícias-espiões e muitos outros a fazer de tudo um pouco, para complementar ordenados que não chegam…







Das coisas que me parece serem mais tristes e perversas em Portugal é estarmos constantemente a querer esconder o Sol com a peneira. Vem na sequência de se ter noticiado que uns polícias estariam a trabalhar para detectives privados, algo que, como é noticiado era do conhecimento de todos, apenas foi, agora, noticiado; ao que parece por motivo de uma denúncia motivada pela inveja de não conseguirem todos fazer o mesmo.
Algumas questões se levantam… desde logo os serviços gratificados… pergunto não serão, em si, já a negação do próprio dever policial? Não serão, desde logo, aceitar que para haver segurança tem que haver dinheiro para pagar a protecção policial que deveria ser paga pelo Estado? Pois claro que sim, qual é a diferença de ser um banco ou um supermercado a pagar ou um detective particular? São várias, em primeiro lugar, e mais grave, o Estado não come nada, pagassem eles boas maquias em impostos a ver se já não era tudo legalizado e fomentado… em segundo, é melhor pago, menos chato e perigoso e não se tem que esperar pelo fim do mês para ver as garras das finanças a devorarem o trabalho de árduas horas… Mas há ainda outra questão não menos grave, se um homem ao fim de oito horas de serviço for fazer mais seis, legais ou não, estará a trabalhar mais do que deve, não podendo, pelo menos ao fim de uns tempos, responder da forma mais eficaz às solicitações que uma profissão difícil e desgastante tem, nem poderá dar o devido apoio à família, nem descansar, etc., etc.
Poder-se-á ser levado a pensar que é um problema dos polícias… Não é, é um problema de um país, em que os salários são tão miseráveis que estas práticas são, não só necessárias, como a própria tutela já conta com elas, o que as legitima… O professor ganha mal? Mas pode dar umas explicações, o amanuense camarário ganha mal? Mas o pato bravo dá-lhe uns trocos para as coisas andarem mais depressa lá dentro, o fiscal ganha mal, mas o mesmo pato bravo completa-lhe o salário para que ele feche os olhos aqui e ali, o jardineiro da câmara ganha mal? Mas depois trata de uns jardinzitos particulares, o empregado de mesa ganha mal? Mas tem as gorjetas e dá umas facaditas no patrão quando este se distrai, o médico atende mal na caixa ou no hospital porque ganha mal? Mas tem o consultório, etc., etc., etc. Todos nós sabemos como as coisas são e ninguém parece ralar-se muito com isso… o pior é que quanto mais se sobe na hierarquia pior é a corrupção e maiores são as verbas a despender… um presidente de câmara, um deputado, um secretário de estado ou um ministro ganham mal? Mas eles não parecem queixar-se, nem viver mal…
Portugal é assim, todos o sabemos. Um país de corruptos e corruptores com salários miseráveis, mas que ‘se vai safando,’ com o velho chavão: isso arranja-se eu falo lá com um gajo… Só que enquanto isto durar e não derem a todos a possibilidade de terem uma vida digna, fruto do seu trabalho,
Portugal será um país a fingir, doente e sem qualquer esperança de futuro, encurralado na própria estrutura que criou.