sábado, 30 de maio de 2009

Em boa verdade vos digo...


Não perderam exactamente, mas também não ganharam.

A forma como é colocada a questão, admitindo que não é facciosa, é muito incompleta e, sobretudo, evita ou esquece a questão essencial que deveria ter abordado: quem foi e será o principal prejudicado de toda a força bruta empregue nesta cega e irresponsável contenda? A resposta teria sido unânime, foi a educação em Portugal. Para que não fiquemos no abstracto, as principais vítimas das botifarras opressivas da sanha governamental foram, em primeiro lugar, os alunos e em segundo todos os portugueses que directa ou indirectamente serão atingidos pela criminosa política de mentira, prepotência e terra queimada que foi levada a cabo por um grupo de inqualificáveis aldrabões de feira, com passados e qualificações obscuras que, à revelia de tudo e de todos os que têm alguma qualificação e conhecimento para o efeito, levaram avante uma estúpida reforma copiada do que de pior se faz no mundo, apenas pela ganância dos números.
Esta é a questão. Os professores têm tempo. É certo que têm vivido os piores anos das suas vidas, o que levou milhares dos colegas mais experientes a anteciparem as suas reformas, e que sabem que irão ter pela frente a árdua tarefa de corrigir tudo o que de errado se fez neste maldito consulado, mas, no fundo, renascerão das cinzas porque são imprescindíveis numa sociedade contemporânea. Se não for este ano, será para o outro ou no seguinte… O pior é mesmo os que não poderão recuperar do logro em que os lançaram e que terão de lhe sofrer as consequências, mais uma vez, os alunos e todos os portugueses em geral, que sofrerão por tabela. Esta é a verdade que nenhuma estatística ou propaganda conseguirá esconder.
Espero para ver quando os pais começarem a perceber que foram enganados ao longo destes anos pela grande aposta e farsa dos cursos profissionais, já que os seus filhos passaram sempre de ano, mas, na realidade, nada fizeram e nada possuem, pois têm inúmeros módulos em atraso e passaram até ao 12º ano, mas não só não o possuem como levarão outros tantos anos a conclui-lo… Sendo ainda muito relevante o vazio de conteúdos e de aprendizagem com que ficaram e pouco mais contêm do que técnicas de sorna, de balda e de irresponsabilidade.
Espero para ver as escolas a funcionarem a esmo, geridas por directores e conselhos gerais compostos por quem não só não entende nada do assunto, como desconhece em absoluto a realidade escolar e apenas consegue ver os seus interesses pessoais e pavonear a sua pretensa importância.
Espero para ver quem se entenderá com a carrada de legislação contraditória e pessimamente feita que, numa semana, despacha e revoga maldições sobre o mesmo assunto, isto somado à quantidade incomensurável de diferentes situações e percursos dos quais ninguém saberá fazer as devidas equivalências, o que levará os alunos a terem de andar de escola em escola a ver quem dá mais… Quem será o ministro que conseguirá por ordem nesta barafunda legislativa… Por certo, tenho que não será ninguém sério e responsável, visto que estes, delicadamente, escusar-se-ão. Portanto, teremos mais um aparelhista irresponsável que continuará a fazer alterações sobre o joelho em matérias que deveriam estar claramente definidas e temporalmente estabilizadas. Ninguém se entende sem haver um padrão que não mude durante alguns tempos, como é que alguém se entenderá com a legislação a mudar semanalmente?
Espero para ver como conseguirão motivar cidadãos competentes para o exercício da docência, depois de terem envergonhado, mal tratado e vilipendiado toda a classe durante anos a fio. Os minimamente inteligentes não quererão, apenas virão os medíocres, os que não sirvam para mais nada e, contrariamente a um político que se faz de um dia para o outro, um professor leva pelo menos dez anos a formar…
Muitos de nós têm dedicado muito tempo, muitos dias e muitos meses a estas coisas, pois sabemos o quanto é importante esclarecer as pessoas sobre estas matérias e temos consciência de que, para além disso, ainda temos que lutar contra a intoxicação mentirosa que o governo com a sua infernal máquina de propaganda tem feito e com o desinteresse de um povo civicamente ausente, culturalmente desinteressado e estrutural e profundamente ignorante.
Espero estar cá para ver tudo isto

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Continua o Concurso da Estupidez...


Este foi o primeiro passo para a defesa do voto desde o pré-escolar...
Aos 16 anos já se deveria, não só votar, como poder ser eleito deputado... Esta ideia é uma séria candidata ao prémio de ideia mais estúpida do concurso de estupidez em que se transformou o país neste período de campanhas eleitorais.
O arranque promete...

Adeus...


“A criança já se queixava de algumas agressões físicas da mãe”, mas Gouveia Barros julga que “esse não é motivo para separar uma mãe de uma filha”. Ao vê-la fazer uma birra e levar umas palmadas, defende-se: “Não havia nada no processo que apontasse para aquilo” (???).
A conduta da mãe também não pesou. Não ficou provado que Natália tinha problemas de alcoolismo e se prostituía. (???)
Só um juiz insensato atiraria uma garota para o colo de uma mãe sem condições para a educar e tomar conta dela.”

Estamos a Meio de um Concurso de Estupidez...


Para "proteger" a democracia.
Carlos César defende voto obrigatório em Portugal.

Para quem ainda não tivesse percebido, Estamos a Meio de um Concurso de Estupidez... Falta apenas saber se nós podemos participar ou se é só para políticos... Já há muito boas prestações, ao que consta, até a oposição se rendeu e aplaudiu a estupidez principal que o Açoriano apresentou a concurso...

Diploma de Lata...(Cum laude)

Desde que a Lata não falte, isto vai entrar em órbita...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vai um Batido?


Foto by Orange tree .

Estúpidos Guardas...

Governo quer pagar um euro e meio por cada hora extraordinária aos militares da GNR.
São muito estúpidos... Então ainda não perceberam que o dinheiro não dá para todos? Que há prioridades? Se calhar queriam ganhar tanto como uma mulher a dias... Ou como o Vitor Constâncio e como os apaniguados dos que nos governam...
Têm as armas, asseguram a segurança de quem vos quer explorar e queixam-se? Quem se deixa pisar não merece mais do que isso... Olhem, ao menos, quando lhes forem fazer segurança de proximidade pisem-lhes os calcanhares... São coisas do ofício...

É Tempo de Novas Tecnologias

Caso BPN.
Levantamento da imunidade de Dias Loureiro já foi pedido.
Há certas porcarias que requerem métodos próprios... Não adianta empregar técnicas de paninhos quentes. As coisas têm que ser tratadas de acordo com a sua natureza e é tempo de começar o trabalho, sob pena da estrutura ficar cada vez mais entupida. Nada de coisas ligeiras... É preciso começar a fazer vir ao cimo o que está por baixo...
Deixamos a sugestão, pegar nos cromos que começam a aparecer e aplicar-lhes o sifão às suas bocas, às suas vidas e aos seus negócios. Cada dia que essa merda de óculos passa em liberdade é um atentado à justiça e a todos os que estão presos...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Estás a Falar de Quê???


Habemus Papa...

Ex-bastonário Rogério Alves defende mandato de Marinho Pinto até ao fim.
É engraçado ver uma ordem de juristas presa pelos mecanismos jurídicos que criaram... Quem mais do que os advogados quer evitar os tribunais? É esclarecedor... Claro que é porque não há clientes a pagarem-lhes para lá andarem anos a arrastarem processos, mas a mensagem é clara. Entre ter que gramar um bastonário que já não se quer e os tribunais... Bom, que lá fique o tipo, nem que seja a comer pevides com os pés em cima da mesa...
Ilustres Drs. da leis, aprendam com os erros e, no próximo mandato, coloquem uma cláusula clara em que determinada percentagem de assinaturas dos membros permita devolver ao local de origem qualquer bastonário que se julgue Papa ou Deus em pessoa... Até lá, aturem-no, tentem menorizar os estragos e apreendam o que é ser enganado por advogados...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vejam Também o Solzinho a Dançar...


"O ministro das Finanças viu sinais de alívio na economia, com Portugal 'perto de um ponto de viragem da crise'. Em ano de aleições, o ministro inaugurou a luz ao fundo do túnel."
João Paulo Guerra, Diário Económico, 25-5-09

domingo, 24 de maio de 2009

As coisas de Espinho e os espinhos da coisa...


A estúpida questão do caso de Espinho teria de servir de exemplo para o bem ou para o mal… Como é evidente, a profunda tacanhez e boçalidade portuguesas escolheram a segunda hipótese.
Duas possibilidades estavam em jogo:
1ª Salvaguardar o interesse do país e dar um sinal claríssimo de que se devem cumprir as normas de um estado de direito e que, portanto, não se pode andar a gravar às escondidas seja o que for e, muito menos, começar a encorajá-lo desde os 12 anos, quanto mais não seja porque é crime...
2ª Atamancar e distorcer tudo, fazer tábua rasa da lei e do estado de direito e incentivar duas crianças, evidentemente influenciadas por duas mães idiotas que vêm televisão a mais e não conseguem discernir entre as suas guerrinhas pessoais e o interesse efectivo da educação dos seus educandos, a violar a lei e a serem premiadas por isso. Pouco falta para se transformarem nos novos pastorinhos do século XXI… Pouco importa se isto abre um precedente gravíssimo que multiplicará, de uma forma incalculável, a repetição desse acto infame, dando mais uma machadada letal no ensino público português.
Das muitas vozes de burro que se ergueram aos céus, algumas das quais me mereciam bastante consideração, leio hoje a crónica do homem que nos confundiu com a sua família e percebo que, desde o início, estava certo. Para esta criatura, justiça é não cumpri a lei e deixar ao arbítrio de crianças decisões que podem subverter todo um sistema educativo, que lhes devia permitir serem educadas no sentido de não se poderem transformar em seres abjectos como aquele que, ciclicamente, suja papel com as suas asneiras e, pior do que isso, as dá a ler a milhares de pessoas.
Não imagino o desfecho do caso que, ab initio, me parece muito mal contado e envolto na mais ignóbil névoa social, mas isso pouco me importa. Preocupa-me mais o todo do que a parte, no caso, o gravíssimo precedente que se abre e que extravasará o pequeno mundo de uma insignificante escola de província, para se alastrar até não sei onde, com as consequentes e nefastas implicações.
Tudo porque, de facto, uma professora esteve muito mal, ao aceitar ouvir e dar crédito a uma gravação ilegal, e sujeita a todas as manipulações e mais uma, desde logo qualquer professor compreende que o silêncio sepulcral da turma significa o conhecimento e cumplicidade da coisa, em vez de, logo à partida, ter rejeitado ser cúmplice numa ilegalidade, cumprir a lei, punir os autores da gravação, procurar chamar à responsabilidade as instigadoras desse acto ilegal e fazer-lhes ver que existem formas e procedimentos legais, instituídos e que ao longo de muitos anos funcionaram perfeitamente, no presente caso, um inquérito para se averiguar o ocorrido. Legalmente, ouvindo ambas as partes e recorrendo às provas legais, testemunhos orais, depoimentos e audições dos visados…
Quanto ao homem que nos confundiu com a sua família nada acrescento, é normal os artistas de circo fazerem as suas pantominices e só é pena que os jornalistas não sejam, como ele sugere, avaliados anualmente… Veríamos se escaparia à primeira…