sábado, 20 de dezembro de 2008

A SOPA DOS POBRES...

«Fiquei muito surpreendido e quase chocado com os comentários [das organizações sindicais] em que se põe em causa a necessidade humana das pessoas», comentou Gonçalo Castilho à TSF.


Quem é o indivíduo que ficou chocado? Não adivinham? É o Trucidador Implacável, senão vejam:


Congresso - secretário de Estado deixa o alerta“Trabalhadores serão trucidados”
(CM) O secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho dos Santos, diz que o "mítico dia 1 de Janeiro de 2009" não marcará o início da reforma da Administração Pública, porque ela "já está no terreno" e alerta que quem não cumprir as exigências que a lei impõe "será trucidado". "Trabalhadores, serviços e dirigentes que não estejam com a reforma serão trucidados", afirmou o governante, no encerramento do Congresso Nacional da Administração Pública. Para Castilho dos Santos, os funcionários devem ter a noção de que "a reforma já não pode andar para trás", pelo que "trucidará quem não estiver com ela".

Agora fica chocado? Com quê? Com quem não quer ser trucidado? És uma ínfima parte de coisa nenhuma e não trucidarás ninguém, compra um dicionário e aprende a conhecer as palavras...

Se ficas tão estupefacto com estas coisas, lembra-te daquilo que dizes... Ver-nos-emos, certamente, na sopa dos pobres para onde o governo Sócrates está a mandar os funcionários públicos... O último grande defensor disso foi Sidónio Pais e foi morto a tiro em 1918...

A coisa arranja-se...

Salários podem ter os aumentos mais baixos das últimas décadas.

Felizmente, a crise quando chega não aflige os patrões, quando há que fazer contenção de custos, corta-se nos ordenados dos empregados ou despedem-se alguns, não se pode é afectar os lucros chorudos de quem manda, tanto mais que as coisas na banca andam esquisitas... Estamos em crise, baixamos-lhes os ordenados, que sorte têm eles em terem emprego...
Já outros... como o Governador do Banco de Portugal, o ultra eficiente e sério Vítor Constâncio tem um automóvel novo "a administração do banco central encomendou seis novos carros; três Volkswagen Passat, dois Audi A4 e um Mercedes classe E. Nessa altura foram também encomendados dois Jaguar que seriam atribuídos a directores da instituição."
Coitadinhos, precisam tanto de carros do estado... Felizmente, "a FESAP está a negociar o alargamento a todo o país dos serviços de refeitório, o que implicará protocolos a estabelecer com universidades, politécnicos e outras escolas, para que os funcionários públicos no activo e aposentados possam aceder a estes serviços." Ou seja, tal como os outros funcionários públicos, poderão também ir comer à sopa dos pobres...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Smoke on the water - Deep Purple (LIVE)

Maria, traz-me o chá...


"Reacção às declarações do ex-Presidente sobre o polémico Estatuto dos Açores
Cavaco recusa comentar possibilidade de dissolução da Assembleia sugerida por Eanes."

Depois de ter hasteado a sua bandeira de crochet e ter promulgado uma lei que considerava muito injusta, se calhar vai ter de promulgar mais uma que considera tirar poderes ao seu cargo. Sugerimos o chá de tília, um passeio pela galeria dos seus antecessores (para se inspirar em Américo Tomaz) e um jantar com os velhinhos do lar de alguidares de baixo, depois de ter cortado a fita da inauguração das novas instalações sanitárias... Quando chegar a hora, assine lá mais um papeluxo... quem engole um que considera muito injusto, assassina, perdão, assina tudo...

Tens medo compra um cão...

120 mil populares amigos dele...

José Sócrates
“Governo lamenta ter ficado sozinho a lutar pela avaliação dos professores.”

Mais uma vez a falta de respeito deste injinheiro é fantástica… Ele está a esquecer 140 mil professores, nós ficámos com ele, não fomos para lado nenhum nem nos escondemos, ele é que não quer aparecer. Continuamos a esperá-lo a ele, às suas teorias de melhoria do ensino e às técnicas dos exames por fax aos domingos.
Estamos cá, não está sozinho…
De lados opostos, claro, mas isso para o dirigente de um partido popular de esquerda moderada é a oportunidade para dialogar... Aproveite.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Bom Sinal...

Quase 75 por cento dos professores mudavam de profissão se tivessem alternativa e 81 por cento admitem que, se pudessem, pediam a aposentação, mesmo com penalizações, segundo um inquérito a mais de mil docentes que será apresentado hoje.

Presunção e água benta…

Sócrates: PS é um partido popular da esquerda moderada.

Só lhe faltou dizer que ele e os seus ministros também são moderados e populares…

120 mil professores a exprimirem ao PS e a Sócrates a sua popularidade

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Mais direitos perdidos?



Esta é outra medida que vai retirar-nos mais um direito, o direito a concorrer… Se já não concordava com os três anos obrigatórios o que dizer dos quatro…
Veja-se, a actividade lectiva é, no meu entender, muito sui generis, acontece com frequência um docente dar-se mal numa escola, antes era relativamente simples, no final do ano mudava-se de escola e estava o assunto arrumado. Com este modelo fica-se preso a uma escola, agrupamento ou lá o que é por quatro anos, podem ser muito bons, mas também podem ser um verdadeiro inferno… Imagine-se a seguinte situação, que é também muito frequente dentro da nossa classe: um professor anda por aí, é colocado numa escola em determinado lugar, conhece por lá alguém, casa-se e muda-se para lá. Imaginemos que as coisas não correm bem e essa pessoa se divorcia, pergunto é justo obrigá-la a permanecer lá mais dois ou três anos? Aliás, alargo a questão, é justo e benéfico manter alguém numa escola contra a sua vontade? E se o concurso corre mal? Tem que se cumprir uma pena de quatro anos?
Desculpem, mas não concordo e penso que se deveria lutar contra isso… Já me aconteceu, várias vezes, ficar colocado num sítio que não me convinha, cheguei a estar um ano nos Açores por falta de vaga no continente, mas pensava: que se lixe é só um ano… Pergunto, como se sentirão as pessoas que ficarem colocadas a centenas de quilómetros de casa e a saberem que têm que cumprir a pena, que sem culpa nenhuma lhes atribuíram?
Depois, confesso não perceber muito bem qual é a vantagem, abrindo os quadros de escola, só se concorria para as vagas que existissem, quem não quisesse sair não saía, logo a estabilidade do corpo docente estava garantida, como acontecia antes de começarem a fechar os quadros de escola.
Por tudo isto, penso, que uma vez mais, nos estão a roubar os nossos direitos e a ser amesquinhados na nossa profissão.

A bela voz da cigarra...



terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Reportagem da TVI sobre o Processo Casa Pia...

LATA NÃO TE FALTA...






Frank Carlucci...
Exerceu o cargo de embaixador dos EUA em Lisboa nos anos da Revolução, tornando-se então uma das personagens estrangeiras mais controversas que nesse período conviveram com os portugueses. Foi mais tarde dirigente da CIA e tem agora interesses empresariais em Portugal.












Soares filho com um amigo sério...





Histórias de Angola...




DESTAQUE - ANGOLA E PORTUGAL, AS “LIGAÇÕES PERIGOSAS” DE MÁRIO E JOÃO SOARES
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Angola e Portugal, as “ligações perigosas” de Mário e João Soares
Acácio Barradas *
A amizade e a admiração que durante muitos anos aproximaram os Soares, pai e filho, de Jonas Savimbi, estão na origem de vários episódios que ensombraram as relações entre Angola e Portugal.
Lisboa - A guerra de palavras que por vezes se verificou entre Angola e Portugal teve em Mário Soares e no seu filho João Soares dois destacados protagonistas. O folhetim teve início logo em 1975, na data da independência, pois Mário Soares, então ministro dos Negócios Estrangeiros do VI Governo Provisório, seria considerado co-responsável pelo regresso a Lisboa de um avião que levava a bordo uma representação (não oficial) portuguesa. Tal avião foi impedido de atingir Luanda, sob pretexto de que a capital angolana estava debaixo de fogo e não havia condições para aterrar, o que se provou ser uma falsidade.
Recordando mais tarde, numa entrevista ao Diário de Lisboa, o clima que então se vivia nas altas esferas lisboetas, Álvaro Cunhal afirmou que, durante uma reunião do Conselho de Ministros em que participavam os líderes dos principais partidos e a Comissão de Descolonização, esta – constituída por militares do MFA – «propôs o reconhecimento, no dia 11, do Governo que se formasse em Luanda. Mas Sá Carneiro e Soares opuseram-se energicamente a tal solução. Entravam e saíam da sala. Interrompiam a reunião para “informarem” que as tropas sul-africanas pelo Sul, e da FLNA, pelo Norte, estariam em Luanda dentro de poucas horas. Diziam que Luanda estava já a ser bombardeada». E Cunhal concluiu: «Com toda a evidência, Mário Soares e Sá Carneiro jogaram, nesse momento, em cheio na invasão de Angola».
A cerimónia da independência foi assim privada da presença de representantes portugueses, mas o Presidente Agostinho Neto soube interpretar devidamente essa ausência, dirigindo uma mensagem de amizade e de solidariedade ao povo português e às suas forças progressistas.
Em Janeiro de 1976, encontrando-se de visita aos EUA, onde foi recebido pelo secretário de Estado Henry Kissinger, Mário Soares proferiu uma conferência na Universidade de Yale, defendendo para Angola uma solução negociada entre os três movimentos e desmentindo que Lisboa venha a reconhecer o Governo do MPLA. A realidade, porém, encarregar-se-ia de o desmentir logo no mês seguinte.
Anos depois (em 1984), Mário Soares encontrar-se-ia em Washington com Alexander Haig, ex-secretário de Estado de Ronald Reagan, depois deste se ter avistado com Savimbi. Tal coincidência foi interpretada pela ANGOP como «uma cruzada de submissão aos mais altos interesses de Washington».
A partir de 1986, entra na liça João Soares, que na qualidade de proprietário da editora Perspectivas & Realidades foi abordado pelo dirigente da UNITA, Alcides Sakala, para a publicação de um livro com poemas de Savimbi. Na sequência deste contacto, João Soares desloca-se à Jamba, perante os protestos da Embaixada de Angola em Lisboa. Após a visita, João Soares elogia Savimbi: «É um grande líder político contemporâneo na África de hoje». No ano seguinte, a pretexto de interceder pela libertação de dois cooperantes suecos que a UNITA fizera reféns, João Soares volta ao quartel-general da UNITA, na Jamba. E quando, em 1988, o Governo português recusa a Savimbi o visto para entrar em Portugal, João Soares concede uma entrevista ao semanário Expresso, em que afirma: «O MPLA não é o Governo legítimo de Angola».
Entretanto, no Palácio de Belém, Mário Soares, na qualidade de Presidente da República, agracia com a Ordem do Infante Dom Henrique o empresário Horácio Roque, cuja mulher, Fátima Roque, acompanha Savimbi num périplo por vários países.
O ano de 1989 é marcado pelo acidente aéreo de que em Setembro são vítimas, na Jamba, João Soares e outros deputados (Rui Gomes da Silva, do PSD, e Nogueira de Brito, do CDS), que tinham ido assistir ao Congresso da UNITA. O Cessna em que voavam para a Namíbia caiu, segundo alguns, por excesso de carga no tráfico de marfim, o que foi negado pelo respectivo piloto. João Soares ficou ferido e convalesceu em Pretória, em casa do casal Horácio e Fátima Roque.
Um mês depois do acidente, por ocasião de uma visita oficial a França, Mário Soares recebeu Savimbi em Paris, acto que constituiu a primeira audiência de um Chefe de Estado português ao líder da UNITA, desde os Acordos de Alvor em 1975. Em resposta às críticas que a propósito lhe foram formuladas, declarou: «Savimbi não tem peste e recebi-o como um cidadão do mundo que fala com toda a gente com quem tem de falar».
Mário Soares voltaria a receber Savimbi quando o líder da UNITA se deslocou a Portugal em Janeiro de 1990, sendo igualmente recebido por Cavaco Silva. Mas, enquanto Soares o recebeu no Palácio de Belém, na qualidade de Presidente da República, Cavaco Silva não o fez como primeiro-ministro, em virtude de que recebeu o líder da UNITA na sede do PSD, como líder do partido, estando na altura acompanhado por Durão Barroso, também este não na qualidade de ministro dos Estrangeiros mas como membro da comissão política nacional do PSD.
Em 1992, João Soares demarca-se pela primeira vez de Savimbi, ao certificar-se de que este mandara fuzilar os dirigentes da UNITA Tito Chingondji e Wilson dos Santos. Por seu turno, Savimbi mostra-se desagradado com Cavaco Silva e Durão Barroso e declara que, se ganhar as eleições (realizadas em Setembro desse ano) o seu único interlocutor em Portugal será o Presidente Mário Soares.
No ano seguinte, Mário Soares recebe uma delegação da UNITA, chefiada pelo general Ben-Ben. O MNE angolano, Venâncio de Moura, pede explicações. Na ocasião, o oficioso Jornal de Angola publica um artigo intitulado «Um boelo» [burro, em kimbundo], no qual Mário Soares é injuriado: «É mesmo um boelo esse bochechas. Nem vergonha tem naquela kalanga [cara] por tão grandes desavergonhices que estampam o seu mau caratismo e maldade».
Encontro falhado em Maputo
A posse de Joaquim Chissano como Presidente de Moçambique, em 1994, dá ensejo a que Mário Soares e José Eduardo dos Santos se encontrem circunstancialmente em Maputo. Mas o Presidente angolano só teve tempo para uma audiência com Durão Barroso, falando exclusivamente com este sobre a situação angolana.
No mesmo ano, o embaixador angolano, Ruy Mingas, a propósito de uma carta dirigida a José Eduardo dos Santos por Mário Soares, acusou este de «interferências incorrectas e abusivas» que teriam comprometido a presença de Angola na Cimeira Lusófona. O Governo português foi então alvo de críticas por ter reagido de forma discreta. Durão Barroso protestou junto do seu homólogo angolano, mas recusou-se a fazer qualquer desagravo público.
De visita às Seychelles, em 1995, Mário Soares, em conversa descontraída com os jornalistas, após o jantar, falou de Angola (que visitaria oficialmente no ano seguinte) e sobre os líderes em confronto, emitindo esta opinião: «José Eduardo dos Santos é um homem banal. Não provoca a ninguém um virar de pescoço quando entra numa sala. Jonas Savimbi tem uma presença esmagadora. É um verdadeiro líder africano».
Não obstante estas afirmações, Mário Soares soube ser diplomata na visita oficial que realizou a Angola em 1996, pois embora tenha recebido em Luanda uma representação da UNITA, recusou-se a ir ao Bailundo encontrar-se com Savimbi, o qual, por outro lado, se recusara a ir a Luanda para ser recebido por Soares.
A escalada verbal atingiria um nível sem precedentes no ano 2000. Através de um artigo no Expresso, Mário Soares acusou o Governo angolano de graves violações dos direitos humanos na escalada da guerra e no cerceamento da liberdade de Imprensa, com realce para a prisão e julgamento do jornalista Rafael Marques por ter escrito um artigo («O Baton da Ditadura», publicado no semanário luandense Agora) considerado difamatório do Presidente José Eduardo dos Santos. A propósito, Soares enunciou detalhadamente a posição condenatória do regime angolano, em que participara como deputado do Parlamento Europeu reunido em Estrasburgo.
O ‘fait divers’ de Gama
A reacção não se fez esperar, por intermédio do ministro angolano da Comunicação Social, Hendrick Vaal Neto, que acusou Mário Soares e seu filho João (na altura presidente da Câmara de Lisboa) de «beneficiarem do tráfico de diamantes feito pela UNITA», acusação logo corroborada pelo deputado angolano MacMahon.
Em Portugal, estas declarações inflamaram todos os sectores da opinião pública, pondo em confronto diversos graus de entendimento do caso e da sua gravidade. O Presidente Jorge Sampaio, regressado de uma visita á Roménia, escreveu ao seu homólogo angolano, considerando as declarações do ministro «inaceitavelmente caluniosas». Também o primeiro-ministro, António Guterres, escreveu uma carta ao Presidente angolano, dando conhecimento da mesma a Mário Soares. No entanto, a reacção do MNE Jaime Gama, que considerou o caso um ‘fait divers’, limitando-se a falar com o seu homólogo e a pedir mais contenção, suscitou um coro de críticas, inclusivamente dentro do seu próprio partido. O assunto foi a debate na Assembleia da República, onde curiosamente a proposta aprovada não foi a do PS mas a redigida pelo Bloco de Esquerda, em que se repudiavam as palavras do ministro angolano e se manifestava solidariedade, não aos Soares, mas «a todos aqueles que em Angola lutam pela paz, pela defesa dos direitos humanos e das liberdades democráticas».
Perante as vozes inflamadas que se levantaram (Paulo Portas chegou a dizer que «Portugal está a sofrer um vexame diplomático») não faltaram também os apelos ao bom senso, por vezes com perguntas dirigidas à memória dos mais exaltados: quando a UNITA chamou «criminosos de guerra» a Almeida Santos, António Guterres, Jaime Gama e Durão Barroso, alguém tomou posição e manifestou solidariedade? Alguém se lembra da resposta do Governo de Cavaco quando Jonas Savimbi chamou «garoto» ao então ministro Durão Barroso?
No auge da contenda – que se arrastou nos media semanas a fio – ouve excessos de linguagem de parte a parte. Assim, por exemplo, um tal Chicoadão referiu-se a João Soares, nas páginas do Jornal de Angola, como «um gatuno comprovado das riquezas de Angola». Por seu turno, João Soares, numa entrevista ao semanário Expresso, classificou os dirigentes angolanos como «um bando de cleptócratas». O mesmo jornal resolveu ouvir o ex-dirigente do PS, Rui Mateus, que durante anos fora responsável pelas relações internacionais do partido e que era autor do polémico livro Memórias de um PS desconhecido. Das suas declarações, importa reter esta revelação: «Pela minha parte, o PS nunca recebeu nada, nem do MPLA nem da UNITA. O PS mantinha relações clandestinas com a UNITA, mas não por mim. Eram relações escondidas, que o dr. Soares durante muito tempo manteve confidenciais», em virtude de «não querer que isso fosse do conhecimento da Internacional Socialista, onde o movimento da UNITA não era reconhecido». Esclarecedor.
* Acácio Barradas é um jornalista português. Trabalhou em Luanda nos matutinos O Comércio e A Província de Angola e foi chefe de redacção do ABC-Diário de Angola e dos semanários Jornal do Congo e revista Notícia. Regressou a Portugal em 1968 e foi chefe de redacção do Diário Popular, Diário de Lisboa e Diário de Notícias. Actualmente, dedica-se a trabalhos de investigação histórica. Em Outubro de 2005 editou e foi autor de vários textos da biografia “Agostinho Neto-Uma vida sem tréguas 1922-1979″, por ocasião do 25º aniversário da morte do fundador da Nação angolana.

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Bóra lá ajudar os banqueiros...


Administração: Durante cinco anos à frente do Banco Comercial Português
Acusados do BCP ganharam 10 mil euros por dia.
Os três presidentes e os quatro administradores do BCP acusados pelo Banco de Portugal ganharam 162,3 milhões de euros em remunerações fixas e variáveis, no período compreendido entre 2002 e 2006, o que dá uma média de cerca de dez mil euros por dia.


E ainda estão com má cara...

Às vezes o gesto não é tudo...



Popularité instantanée pour l'homme qui a lancé ses chaussures sur George W. Bush
Hier, 21h01 Robert Reid
Des milliers de personnes ont défilé lundi en Irak pour demander sa libération, et il est devenu une star instantanée dans le monde arabe: Muntadhar al-Zeidi, le jeune journaliste chiite qui a lancé dimanche ses chaussures à la tête de George W. Bush, a le parcours d'un Irakien de sa génération, marqué par les guerres et ballotté entre différentes haines. Lire la suite l'article
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Ce célibataire de 28 ans était toujours gardé à vue lundi par la police irakienne. Il pourrait faire selon des sources judiciaires l'objet de poursuites pour injures à un chef d'Etat étranger et au Premier ministre irakien, qui se trouvait à côté de George W. Bush. Le journaliste encourt jusqu'à deux ans de prison ou une amende, mais il semble improbable qu'il soit condamné à la peine maximale vu sa nouvelle popularité en Irak et dans le monde arabe.
Muntadhar al-Zeidi en était venu à honnir tant l'occupation militaire américaine que ce qu'il considérait comme une occupation "morale" de l'Iran, a expliqué sa famille lundi.
Son geste de défi de dimanche a transformé cet obscur journaliste d'une petite chaîne de télévision locale en héros national pour nombre d'Irakiens excédés par près de six années d'occupation américaine, mais qui craignent aussi de voir leur pays tomber sous l'influence des mollahs chiites de Téhéran après le départ des Américains.
Et les trois frères et la soeur du jeune homme, un peu assommés, se sont retrouvés dans son petit appartement de l'ouest de Bagdad, sous le poster du Che qui le décore, inquiets de ce qu'il pourrait subir en garde à vue, mais aussi, fiers de lui.
"C'est un héros, qu'Allah le protège", disait sa soeur Oum Firas, regardant une énième diffusion du geste de son frère sur une chaîne satellitaire arabe. Si la famille insiste sur la spontanéité du geste de leur frère Munthadar, un de ses collègues kurdes, Zanko Ahmed, soulignait lui la personnalité "arrogante et frimeuse" de l'auteur de ce geste médiatisé.
Al-Zeidi était entré à la chaîne Al-Baghdadia en septembre 2005, diplômé en communication de l'université de Bagdad. Deux ans plus tard, il était kidnappé par des hommes armés au cours d'un reportage à Bagdad, libéré trois jours plus tard. Selon sa famille et selon la chaîne, aucune rançon n'a été versée.
En janvier, il avait été arrêté par les Américains au cours d'une perquisition dans son immeuble, a expliqué son frère, Dhirgham, avant d'être libéré le lendemain, avec des excuses.
Des expériences qui ont contribué à bâtir son ressentiment, selon ses proches: "Il déteste l'occupation matérielle américaine autant qu'il déteste l'occupation morale iranienne", explique Dhirgham. "Pour ce qui est de l'Iran, il estime que le régime est l'autre face de la monnaie américaine".
Un point de vue partagé par un grand nombre d'Irakiens, dont beaucoup de chiites, qui estiment que Washington et Téhéran se livrent chez eux une guerre par procuration.
Dans tout Bagdad, dans tout l'Irak, on ne parlait que de ça, et au-delà également. Les journaux du monde arabe publiaient lundi en Une la photo du président américain évitant les chaussures, un incident diffusé en boucle sur les chaînes de télévision et alimentant tous les commentaires et plaisanteries.
A Ramallah, les journalistes palestiniens de Cisjordanie ironisaient pour savoir lequel d'entre eux aurait le courage de faire pareil avec Condoleezza Rice, la secrétaire d'Etat américaine, attendue dans la région et aussi peu populaire que son patron.
De nombreux utilisateurs de Facebook avaient également posté sur leurs pages ces images d'al-Zeidi sautant de son siège, en pleine conférence de presse à Bagdad, et lançant l'une après l'autre ses chaussures à la tête du président américain, insultes verbales à l'appui.
L'homme de la rue saluait le journaliste irakien, devenu en un instant l'incarnation du sentiment anti-américain, et anti-Bush, dans la région: "Il a fait ce que les dirigeants arabes n'ont pas fait", estimait Samer Tabalat, homme d'affaires jordanien de 42 ans.
Et l'ancien avocat de Saddam Hussein, Khalil al-Dulaimi, a offert sur Al-Jazira ses services au jeune homme, qualifié de "héros".

Votos para Zé Muacho...


Este país (dos aeroportos, TGV´s, Luso Pontes e contentores, BPN´s e BPP´s, Felgueiras, Torres, Sá Fernandes e Loureiros, magalhães e popós-eléctricos, Casa Pia (poucos dentro e muitos fora), velhinhas e freiras a serem presas por pequenos delitos enquanto os verdadeiros criminosos são mandados para casa, idosos a morrerem de fome em tugúrios a cair enquanto se distribui apartamentos e dinheiro a rodos por traficantes, drogados e por quem nunca quis e não quer trabalhar, Saúde, Justiça e Educação com os maiores orçamentos da Europa com os resultados que todos sabemos, EDP´s com lucros fabulosos mas que o regulador diz que as tarifas deviam aumentar 30%, Galp´s cujos preços sobem com o aumento do crude mas que quando o mesmo desce o regulador afirma que os preços não baixam porque o que interessa é o preço do produto refinado, BdP´s que a única coisa que vigiam são as suas reformas douradas, etc., etc.,) começa a exalar um fedor superior ao que se sentia nos últimos anos do chamado Estado Novo...
Para a queda do anterior regímen dei algum contributo, pequeno certamente, mas era o que estava ao meu alcance.
Agora que sinto que o actual, de tão podre, com um pequeno empurrão pode ser obrigado a regenerar-se, apetecia-me também fazer alguma coisa.
O quê, não sabia, mas, há uns dias ao ler num blog que o autor sonhava em promover um “golpe-de-estado”, só que para além do medo que tinha da ASAE não sabia como, deu-me o alento de que necessitava.
Golpe-de-estado, logo armas; armas? Armas? Oh diabo, não tenho!
Lembrei-me então de que em tempos muito distantes tinha possuído uma fisga; vai daí, corri para o sótão e comecei e remexer os baús velhos; depois de muito lixo e memórias já esquecidas, voilá, a fisga! Já estava armado!
No entanto a felicidade que me possuiu, cedo de esfumou; soprado o pó, estico as borrachas e, paf!, de ressequidas, partiram! Desilusão, amargura: estava desarmado novamente...
Infeliz, passei dias a tentar encontrar uma solução; pensei, pensei e nada.
(eu sei que devido à vida desregrada que levo, nada condicente com a via para o admirável mundo novo que está em curso, já muitos neurónios fundiram; tal não é de estranhar dado que eu fumo, delicio-me com um bom cognac, bebo vinho às refeições e barro o pão com manteiga, devoro queijos da Serra, Serpa e Azeitão, adoro presunto de Chaves e bons enchidos alentejanos, prefiro cerveja a bebidas light , bebo água sem sabores e, heresia das heresias, não fumo charros nem me drogo e não arranco de empurrão. Perdoem-me, tentem compreender este pobre decadente, que eu prometo ficar longe dos vossos filhos.)
Mas voltando à vaca fria; armas, onde as encontrar?
Atentos ao meu desespero (ou se calhar para se verem livres de mim) alguns amigos disseram: “Eh pá, se queres uma arma vai a uma dessas Quintas das Fontes ou Bairros das Boavistas, que é coisa que lá não falta.”
Felicíssimo, agradecido pela ajuda, comecei a planear a incursão; sim, não se vai a um sítio daqueles sem preparação.
Lembrei-me que há uns tempos atrás, algumas figuras de vulto desta praça, por lá tinham feito uma passeata e tinham regressado vivos e com todos os bens, coisa que nem sempre acontece a outros cidadãos, táxis ou até à polícia. Depois de alguma pesquisa encontrei a solução.
Assim, com uma t-shirt branca na qual tinha pintados dizeres como peace, love, somos todos iguais, black is beautiful (pelo sim pelo não acrescentei também gitanes are very good, too), cravo vermelho na mão, sorriso parvo na cara (tipo António Costa) e assobiando o último rap, destemido por fora mas receoso por dentro, para as ditas Quintas eu fui.
Lá chegado, apesar de estar fardado à maneira, cedo pressenti que algo não estava a correr bem; mimoseado com alguns piropos não muito abonatórios da minha pessoa bem assim como de algumas sugestões do uso que gostariam de fazer de algumas aberturas do meu corpo, apercebi-me então que, levado pelo meu entusiasmo, tinha cometido um erro grave: faltava-me o apoio.
As pessoas gradas e importantes, quando visitam aqueles locais, vão às manadas e com um batalhão de repórteres atrás (aliás só lá vão para aparecer nas TVs e debitar coisas que nem eles acreditam).
Eu estava sozinho, nem uma pequenina Kodak apontada para mim, e a ameaça de passarem das palavras aos actos ia crescendo, sem que ninguém levasse em conta o valor das mensagens que eu orgulhosamente ostentava no peito; com o temor quase pânico, comecei a pensar que isto de querer fazer uma revolução tinha os seus perigos!
Quase já acossado, apavorado, corri para um sítio onde a concentração de BMW e Mercedes topo de gama era maior e junta à qual estava um grupo de nativos que me pareceu ser menos perigoso, gritando: “Meus, mim querer comprar arma!” (não domino muito bem a língua local)
Iniciadas as negociações rapidamente chegámos ao ponto de ajustar a mercadoria que eles podiam disponibilizar (a oferta ia desde mísseis, passando por shot-guns até à singela ponta-e-mola) à minha disponibilidade financeira; na altura, dado que entidades menos bem comportadas têm tido direito a toda a espécie de subsídios, telefonei ao Teixeira dos Santos, mas, não tendo sido bem sucedido (ele disse-me que os pobrezinhos do BPP lhe tinham levado os últimos tostões), acertámos a compra de uma pequena pistola; enfim, rejubilei, o primeiro passo em direcção ao derrube do poder estava dado!
Antes de pedir o salvo-conduto para me poder retirar sem problemas, ao inspeccionar o trabuco que tinha acabado de comprar, constatei que o mesmo não tinha munições: “Oh meus, o que é isto?”
Depois de me explicarem que eu só tinha pedido por uma arma, lá reiniciámos as negociações para que eu pudesse adquirir algumas balas; ao pretender obter pelo menos um carregador cheio, começaram as dificuldades.
Interrogatório cerrado, todos ao mesmo tempo, gritando: “Para que é que queres tanta munição? Quantos são os membros do teu agregado familiar (incluindo a sogra)? Quantos inimigos tens (excluindo os membros do Governo, oposição e toda a classe política)? Queres fazer-nos concorrência?
”Com muito esforço, depois de muito esbracejar para os tentar calar, lá consegui fazer-me ouvir: “Meus, é para dar início a um golpe-de-estado”!
Ao ouvirem tal, o silêncio que se seguiu gelou toda a Quinta e arredores, parecendo que o tempo tinha parado e a terra deixado de rodar; as faces deles empalideceram para rapidamente enrubescerem (na realidade não vi, mas suponho que foi isto que se passou por debaixo da pele); empertigaram-se, fuzilaram-me com os olhos, e o maior deles, qual Adamastor, vociferou: “Ó desgraçado, escória humana, ser abjecto (as palavras não foram bem estas, foi mais para o vernáculo), tu queres destruir este paraíso?”
Eu minguei, encolhi, as cuecas ficaram um bocadinho húmidas; com voz trémula, tentei argumentar, falar dos escândalos, das esperanças desiludidas, bláblá, bláblá, mas quando pronunciei as palavras socialismo e revolução o rugido que se fez ouvir, quase me siderou:
“Ó filho de uma mula sem cabeça (apercebi-me logo que era comigo, não com o inginheiro) então tu não vês que a revolução já está em marcha, que o socialismo está na sua máxima pujança? Olha à volta, burro capado, vês os carros, vês as caixas de multibanco arrombadas, vê as jóias que tenho ao peito, vai ver ao plasmas que tenho em casa, tudo gamado aos ricos para benefício dos pobres; se isto não é socialismo, se isto não é redistribuição da riqueza o que é então?”
Ia abrir a boca para falar, mas atendendo ao desenrolar dos acontecimentos, achei por bem ficar calado; aliás ele nem deixou, agora mais calmo, continuou a arengar:
“Ó filho de um cachorro que até a sarna despreza, és um ignorante que não mereces a classe política que tens! Tu não entendes nada! Porque é que julgas, por exemplo, que se alterou o código penal? Hã, hã, diz lá?”
“Por razões economicist...”, pretendi retorquir...
“Piolho coxo das partes íntimas, nada disso! Incapazes da implantação do socialismo por causa das forças capitalistas do bloqueio (desconfio que este tipo esteve nalgum congresso do PCP ou BE) a nobre classe política decidiu delegar em nós a tarefa da socialização de Portugal! Para que a revolução avance, não podemos ser presos, temos que estar livres! Roubando eles por um lado, nós por outro, somos o garante de uma futura sociedade igualitária sem classes!
Parecendo-me que as águas estavam mais calmas, menos encolhido, mais húmido, baixinho, atrevi-me: “Mas eles não redistribuem; eles comem tudo e não sobra nada.”
“O quê?”, gritou o matulão... mas ficando logo de seguida pensativo.
“Agora vou ter que pensar sobre isso; dá cá a pistola e desaparece daqui, rato de esgoto com hemorróidas (era comigo, não com Jaime Gama).
” Sem dinheiro, sem pistola, com as cuecas em estado lastimoso, apressei-me a obedecer.Chegado a casa, olhando-me ao espelho, disse para os meus botões (que por acaso era um fecho eclair): “Falhado, como queres iniciar um golpe-de-estado se nem uma arma consegues adquirir”; juro, algumas lágrimas debitei.
Depois das necessárias abluções, retemperadas as forças, sentei-me em frente ao LCD (é menos tentador para os agentes da socialização do que o plasma) para pensar; como para pensar preciso de estímulos inteligentes, liguei nas novelas da TVI (o canal 2 ou os Contemporâneos também me ajudam).
A palavra armas não me saía da cabeça; como conseguir uma... Num dos intervalos das novelas, ao correr canais, deparo-me com um programa a preto e branco no qual um gadelhudo cabeludo, fardado à militar bêbado, exclamava: o voto é a arma do povo!
Qual Arquimedes, mesmo não estando no banho, gritei: Eureka!
Aqui estava o que me faltava para poder levar os meus desígnios em frente: O VOTO!
O voto... mas se o voto é uma arma, como é que a mesma funciona? A minha cabeça fervilha, as orelhas já fumegam, os dentes já me doem de tanto ranger... Como é que aquilo é uma arma?
Não sendo praticante há mais de duas dezenas de anos, a recordação que eu tenho do Voto, é que o mesmo é um pedacinho de papel com uns bonequinhos e quadradinhos impressos no qual é suposto pormos uma cruzinha e depois enterrá-lo numa urna; como não me lembrava de nenhuma guerra, intentona ou agressão com utilização de votos, fui fazer pesquisas nas enciclopédias e até na net ; nada! Virei-me então para aqueles amigos que não falham uma votação e pedi-lhe que esclarecessem!
Eles lá tentaram, mas eu não percebi nada; contaram-me eles que ao votar em determinada força politica em detrimentos de outras, estavam a apoiar quem mais prometia ajudá-los sendo assim o voto como que uma arma, pois que atirava os oponentes para uma espécie de limbo.
Confuso, perguntei: “assim sendo, e tendo os portugueses disparado o voto em todas as direcções por mais de 34 anos como é que estamos todos pior de vida com excepção das classes ditas dirigentes e parasitas que os gravitam?
”Como ninguém me respondeu, lá voltei eu para o meu sofá e telenovelas; triste, acabrunhado, pois que aquilo que eu pensava pudesse ser a minha última tábua de salvação, mesmo que fosse uma arma parecia disparar na direcção errada.
Milhares de horas depois, muitas lágrimas vertidas assistindo aos dramalhões, insidiosamente, uma ideia começou a germinar; durante as minhas recentes pesquisas sobre o voto reparei que os partidos em que poucas pessoas votavam tinham tendência para desaparecer e com eles os políticos que lá se acolhiam; algumas vezes, para sobreviverem iam pedir asilo a outros mais votados; logo, esperto, cabecinha pensadora, concluí:
Político alimenta-se de voto! E político privado de voto fenece e já não tem força para comer mais nada!
Aleluia, os sinos já repicam, tinha a arma que me faltava: a abstenção ou o voto em branco!
Estou convicto que com uma abstenção elevada e/ou um número significativo de votos em branco alguém vai mandar parar o baile e exigir que as cartas sejam dadas de novo; eu sei, já os estou a ouvir, é uma acção perigosa para a democracia (há maior perigo do que o estado a que ela chegou? Até a vergonha já se perdeu)!
Alternativa? Olho, procuro, e só vejo as mesmas caras, com os mesmos vícios e desprezo pelo chamado povo; certamente há, mas as barrigas inchadas, as ancas mais gordas e os cada vez mais recheados sacos das benesses e contas bancárias não deixam ninguém chegar à frente.
Então porque não iniciar uma campanha, junto dos amigos e conhecidos, apelando à abstenção ou voto em branco?
A ser bem sucedida talvez algumas fendas se abram e gente honesta e com vontade de servir, e não de se servir, possa aparecer.
Se nós, vítimas do voto nada fizermos, nada vai mudar!
Cumprimentos,
Zé Muacho
(Comentário recebido reproduzido literalmente como podem ver neste post. Como gosto de partilhar o que é bom, com os meus agradecimentos, aqui fica de forma mais visível.)

Esta notícia é uma treta...

Dizer que "Ministério e sindicatos retomam negociações mas professores mantêm acções de luta"
é falso. O Ministério nunca quis, nem quer, negociar. Os sindicatos não querem, o que eu acho errado, transmitir que não aceitam negociar. Comigo, que sou uma pessoa frontal, a solução já estava encontrada há muito tempo: não adianta fazer fretes a quem já sabemos o que quer e o disse, por mais de mil vezes e outras tantas formas, que não está disposto a negociar. Só há um objectivo na avaliação desta equipa ministerial para cumprir: destruir a escola pública para dar maior abertura à iniciativa privada. Governo 100%, sindicatos e professores 0%, estão alcançados os objectivos e, nessa medida, proponho, como prémio dos seus méritos, um lugar de adido cultural, nos países que escolherem, à Maria e aos seus dois testículos. Ámen.
Quando digo que esta notícia é uma treta sei muito bem que quem a escreveu sabe disso...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sócrates não gosta é de sombra...


"O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou hoje "perceber mal" a criação de convergências à esquerda defendida por Manuel Alegre, salientando que isso "não é pensável sem as forças maiores da esquerda portuguesa".

Eu diria, antes, que este mandarete percebe muito bem… Com este PS, Portugal não precisa para nada de partidos de direita, já que estão mais à direita do que o próprio PSD alguma vez esteve. O PS transformou-se no MPLA português, controla tudo e todos, portanto, cá como em Angola, só haverá democracia quando essa mole imensa encontre alguém que dê um murro na mesa e o fragmente em dois, não diria os de esquerda e os de direita… chegava-me os sérios e os outros, os das negociatas e compadrios.
Há coisas que só não vê quem não quiser ver, Sócrates é o cavaleiro da arrogância porque tem conseguido, por um lado comprar a sua oposição com nomeações e cargos lucrativos e, por outro, silenciando e aniquilando aqueles a quem não consegue ou não têm peso suficiente para ter que o fazer. Este é o esquema clássico do tirano perfeito e, nem nisto, é inovador apenas se limita a copiar a técnica de Salazar, quem não é por mim é contra mim, está à venda? Compra-se. Não se vende? Aniquila-se. Como vêm é facílimo de resumir. Na sua tumba o António das meias solas, o tirano de Santa Comba, deve estar orgulhoso de ter um sucessor à altura, um governante que, finalmente, percebeu como é que se governa em Portugal, sendo forte com os fracos e fraco com os fortes…
O José Eduardo dos Santos português manda, assim, os seus recadinhos… Haverá coragem no poeta ou esta só na poesia se conjuga?
É o que veremos…
Adenda 2: Eis alguns exemplos do que disse retirado apenas de um artigo pequenino do DN e falando só dos não apoiantes incondicionais do inginheiro…
João Cravinho, "exilado" na administração do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento
Ana Gomes, deputada no Parlamento Europeu.
Vitor Ramalho, líder da distrital de Setúbal do PS e presidente do INATEL.
João Soares, deputado e presidente da assembleia parlamentar da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
Maria de Belém, deputada e ontem indicada pelo PS para presidir à comissão parlamentar de inquérito ao BPN.
Osvaldo de Castro, presidente da comissão de Assuntos Constitucionais.

À ENTRADA DO M.E.

Entrada para a reunião(?) de hoje com o Ministério da Educação...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Porque sabe que é a morte do dele...



Louçã elogiou discurso de Manuel Alegre mas desvaloriza hipótese de um novo partido.


O Louçã é tudo menos parvo, pelo menos neste aspecto, por isso sabe que um novo partido socialista, sim porque o PS de Sócrates de socialista não tem nem o cheiro, esvazia-lhe a existência, fica com quê? Com a UDP? Com o PRP? Com quê? Ninguém quer revoluções, nem grandes ondas, basta um pouco de educação, valor e decência... os resultados do BE são o fruto do desespero dos portugueses e, fora desse desespero, com outra alternativa credível, pura e simplesmente desaparece... Ora o Louçã sabe bem disso...

Ó homem, sê claro!



Isto é para ir a votos, aquilo é para acabar, este bocado não pode ser para virar o bico ao prego, aquela parte é para enfeitar, vou sozinho mas levo o PS comigo, voto contra mas não enfrento os ogres, falo alto e não me calo, etc, etc. Ó homem deixa-te de merdas e diz de uma vez o que queres... Está visto que Portugal precisa de oposição, está visto que o PSD não consegue ser oposição, estamos como Angola, só por um partido se pode chegar ao poder, o MPLA cá do sítio, e só haverá democracia quando dessa vaca anormalmente gorda sair uma vitelinha que valha a pena. Pega no milhão de votos que tiveste e forma um qualquer PRD, que meta o Sócrates no lugar, ao menos dás alguma esperança aos portugueses.

Bem sei que não tens estaleca para ser um Primeiro Ministro tradicional, mas sê um Primeiro Ministro moral, rodeia-te dos poucos tipos sérios e competentes que ainda possa haver e, com uma perna atrás das costas, correrás com a corja que nos tem governado nos últimos trinta anos. Acredita, pior do que o que tem sido é impossível fazer, por isso ou até nisso, estás à vontade...
Tu que andas sempre a falar nela, por uma vez, TEM CORAGEM...

Bye, bye Iraq...

Bush chegou ao Iraque para se despedir das tropas.




O Aníbal da Somália existe...



Presidente da Somália demitiu o primeiro-ministro.
"O Presidente da Somália, Abulahi Yusuf, demitiu hoje o primeiro-ministro, dizendo que falhou na missão de dar segurança a este país caótico."

Para além destas razões, o presidente Aníbal António teria em seu abono: ter destruído a escola pública, estar a fazer o mesmo ao Serviço Nacional de Saúde, e à Economia, que já nem mia, Nacional, ter contra si toda a sociedade excepto ele próprio e a Fernanda Câncio, ainda haver Vítor Constâncio, Manuel Pinho, Teixeira dos Santos, Vlater Lemos, Jorge Pedreira, Maria Rodrigues, etc, etc, etc...
Claro que para isso teria que haver Aníbal António... Mas, mesmo assim, além de me continuar a sentir grego, hoje sinto-me, também, somali...
Ah! Piratas, bandidos, traficantes de armas e de tudo também cá não faltam... Mais outra coisa em comum...

O homem que nos continua a confundir com a sua família...



Quer-me parecer que este conspurcador de papel, aparentemente, especialista em pastorícia e, sabemos agora, artes circenses, continua a confundir os professores com a sua família… Não senhor Rangel, não somos da sua família, nem por uma, nem por outra razão. Como tal, deve guardar esses adjectivos para os seus e começar por si próprio, quem pertence a um rebanho não somos nós, é você e quem deveria andar num circo a fazer acrobacias em troca de amendoins era a sua pobre figura. Quando pede aos professores que se cuidem, parece esquecer que devemos olhar primeiro para nós do que para os outros, olhe-se ao espelho e cuide primeiro de si, quem sabe as suas raízes não lhe estão a pedir alguma coisa mais co-natural do que andar a sujar papel com as mãos… Não lhe digo para pensar nisso, nunca devemos pedir o impossível…