sábado, 17 de janeiro de 2009

Depende...


Jardim diz que se portugueses reelegerem José Sócrates é sinal que "perderam o juízo."

Não é bem verdade, esta é uma das formas possíveis de votar em Sócrates... Claro que não é minha intenção condicionar a criatividade dos eleitores... Vejam, conforme se aproximam os actos eleitorais as promessas disparam.
Quem ainda acreditar numa palavra do inginheiro ou é um idiota chapado ou pertence à pandilha que tem andado a encher a pança ou a fugir ao processo Casa Pia...

De qualquer forma...
Mas demos todos uma ajuda... vou começar:

Promessas para 2009

Vou deixar de mentir

Vou criar 15 milhões de empregos

Vou combater a corrupção

Os portugueses vão viver melhor

Vou ter vergonha

Continue a ajudar nos comentários...


sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

E depois do adeus?



Face ao que temos visto de absolutamente inédito na história da educação em Portugal, desde as ovadas à ministra, que tornaram obrigatória a sua bunkerização, às duas gigantescas manifestações, a uma primeira greve monumental mais a segunda que se avizinha e que me parece terá ainda uma adesão superior e, sobretudo, dada a repetida determinação dos professores em não acatarem seja que ordens forem desta gente, a minha dúvida começa a ser como será depois…
Com Maria de Lurdes morta, enterrada e ignorada, algo que eu vinha defendendo há muito tempo, por entender não se dever falar com quem não o merece, a questão é que este consulado fez mossa e deixará problemas profundos e não sei mesmo senão insanáveis a curto prazo na escola pública portuguesa.
Neste momento, as grandes preocupações que me assolam são como reagir à credibilidade e dignidade perdidas, ao novo modelo de gestão escolar, aos novos estatutos do aluno e da carreira docente, à nova tipologia dos concursos e, ainda, à proliferação insensata dos cursos profissionais que ameaçam arrastar para o vazio milhares de alunos? Sabemos que é difícil adquirir direitos e construir modelos funcionais mas que, sendo destruí-los muito fácil, é extremamente difícil readquiri-los… Depois, o novo ano lectivo chegará inexoravelmente mais rápido do que seria desejável, com concursos, tantas eleições, crises e incertezas pelo meio, que não se me afigura haver tempo e vontade política para dedicar à educação.
Apesar de Tarpeia morta, temos os sabinos dentro da cidade… Como iremos reverter a legislação aprovada, os direitos perdidos e o todo o mal que foi feito? Esta parece-me ser a grande questão em que devíamos ter começado a pensar já ontem…

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Foto do Valioso Casaco Roubado...


O porquemedizem agradece todas as informações que possam conduzir aos autores do furto de tão valioso como útil e necessário casaco, receando pela gravosa falta que possa originar ao seu proprietário.

Devemos protestar energicamente...


Devemos mostrar o mais vivo repúdio ao governo checo e ao artista que tão mal nos descreveu, a imagem em cima era das poucas aceitáveis para nos representar, colocar-nos cheios de bifes, ao preço que a carne está, não é humor é um acto desumano de crueldade explícita... A não ser que o autor se redima e coloque os bifes vistos por um canudo, aí poderia ter graça. Enviemos, pois, o nosso mais vivo repúdio e o pedido para, ao menos, nos trocar com a Bulgária...

Vamos ao Pastel de Belém...



Para além de tudo, parece-me que só uma greve de zelo por tempo indeterminado mostraria claramente ao país o estado da educação pública em Portugal...

Adoro sair nos jornais com os meus Armani




quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Quem paga adiantado...


Se fosse eu a fazer o negócio iria pagando, à medida que ia vendo os resultados, por fases... Da mesma forma que quem manda construir uma casa não paga a pronto a sua construção... vai pagando, adianta-se x para fazer as fundações, estão feitas, adianta-se mais y para fazer a estrutura e por aí fora... Não precisa de vir nos livros que quem paga adiantado é mal servido, mas o erro é, sobretudo, de quem paga dessa forma. Não se percebe, paga-se a pronto uma coisa que não é feita e depois recebe-se às prestações o que não se teve? Paga-se uma casa a pronto e depois, de constatar que ela não está feita, recebe-se em prestações metade do que se pagou para ficar com uns caboucos inúteis? É que para quem vier a seguir fazer esse trabalho não servirá para nada, não se fará uma casa diferente nos alicerces que lá ficaram... Logo não é metade que vale, é coisa nenhuma... Além de que fica por pagar a indeminização pelo tempo perdido e os juros de todo esse tempo. É bom ver que quem gere os dinheiros públicos gere-os melhor do que eu geriria... Deve ser economia de ponta...
Não percebo, alguém me explique como se eu fosse muito estúpido...


Ministério rescindiu com João Pedroso por incumprimento.

14.01.2009, José António Cerejo


Ex-dirigente do PS vai ter de repor 133.100 euros, em 12 prestações,
dos 287.980 que recebeu para fazer um trabalho que abandonou a meio.


O Ministério da Educação rescindiu em Novembro, por "incumprimento definitivo", o contrato que tinha com João Pedroso, antigo chefe de gabinete de Ferro Rodrigues e de António Guterres e membro da Comissão de Jurisdição do PS até Outubro.
O contrato, firmado em Fevereiro de 2007 por ajuste directo, surgiu na sequência de um outro, de Setembro de 2005, e visava a "construção de um corpo unificado de regras jurídicas e de normativos harmonizados e sistematizados de direito da Educação a conseguir, durante o ano de 2007, preferencialmente durante a presidência portuguesa da União Europeia". O custo total da prestação de serviços a efectuar até 31 de Dezembro de 2007 por João Pedroso ascendia a 266.200 euros (com IVA), a que acresciam os 45 mil (mais IVA) já pagos por conta do primeiro contrato a um grupo de trabalho (GT) coordenado por aquele jurista e constituído por dois colegas seus (António Landeira e José Vasconcelos Dias).
Trabalho por fazer
A escolha destes juristas, para executar os serviços contratadas em 2005, foi feita pela ministra Maria de Lurdes Rodrigues através de um despacho interno, em Junho daquele ano. O despacho diz que o trabalho em causa - "sistematização, harmonização de legislação, normas e procedimentos da educação" - "contará com a colaboração de consultores externos, com currículos relevantes e adequados às tarefas a realizar". Mais não diz sobre esses currículos, mas a nota biográfica posteriormente remetida ao ministério por João Pedroso mostra um perfil em que não há qualquer referência à área da educação.
Terminado o prazo de um ano do primeiro contrato, uma grande parte do trabalho estava por fazer. No entanto, "foi considerado que era relevante prosseguirem os trabalhos", conforme se lê no novo contrato de 1 de Fevereiro de 2007. Para conseguir esta nova adjudicação, João Pedroso - que é também juiz de direito em licença sem vencimento desde 1990 - apresentou uma proposta, em Outubro de 2006, em que resume as tarefas concluídas pelo GT que coordenara até aí, e aquelas que estão "em fase de conclusão".
Uma especial aptidão
Sem aludir a qualquer consulta ou pedido de parecer que lhe tivesse sido feito, escreve que "a complexidade do trabalho, a sua natureza, a necessidade de financiamento adequado aconselham que a prossecução deste trabalho seja externalizada e adquirida em prestação de serviços a uma entidade que constitua uma equipa técnica com competências para realizar este trabalho, pelo que, em consequência, proponho a que se considere, com a concordância do referido GT, desde já concluído o seu trabalho do referido GT" (sic).
É nesse documento que João Pedroso, "atendendo a que os membros do anterior GT têm uma especial aptidão técnica jurídica na área da educação resultante da elaboração do trabalho anterior, bem como os seus CV's, e que não existe no mercado tal aptidão", se propõe executar a "prestação dos serviços necessários para o desenvolvimento e conclusão dos trabalhos". Para isso pede 220 mil euros, mais IVA, e diz que constituirá a equipa adequada para fazer o trabalho até ao fim de 2007.
Já em Dezembro de 2006, o secretário-geral do Ministério da Educação (ME), João Batista - que, tal como a ministra e outros altos quadros do ministério, pertence ao centro de investigação sociológica do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, onde trabalha o ex-ministro Paulo Pedroso, irmão de João Pedroso -, subscreveu um memorando em que propõe a adjudicação por ajuste directo, nos precisos termos em que Pedroso o fizera, da conclusão do trabalho iniciado em 2005.
E a quem é que João Batista propõe a adjudicação? A João Pedroso. E porquê? "Afigura-se-nos que a experiência profissional, o conhecimento profundo da administração pública e o domínio detido sobre a legislação da educação, bem como o facto de ter liderado a primeira fase deste projecto, conferem ao mestre em Direito João Pedroso as condições específicas únicas para a concretização do projecto", explicou Batista no memorando que teve a concordância da ministra em 30 de Janeiro de 2007.
Nesse memorando, João Batista justifica ainda a adjudicação com o facto de Pedroso ter apresentado a sua proposta depois de ter sido "consultado". O PÚBLICO pediu uma cópia da alegada consulta, mas a secretaria-geral informou que ela foi feita "em reunião realizada no ministério".
Passado quase um ano sobre o prazo contratual, e considerando que "no máximo" tinham sido feitos 50 por cento das tarefas pagas, a secretaria-geral determinou em Novembro a restituição, em 12 prestações, por João Pedroso, de metade dos valores recebidos ao abrigo do segundo contrato, correspondente a 133.100 euros.
Do trabalho dado como feito pelo ministério, porém, quase tudo corresponde a tarefas relativas ao contrato de 2005. Quanto ao contrato de 2007, quase nada foi feito. O PÚBLICO não conseguiu ouvir João Pedroso.
A notícia de que a contratação de Pedroso tinha sido feita por ajuste directo, dada em Novembro de 2007 pelo Rádio Clube Português, levou nessa altura o ministério a justificá-la, em comunicado, com a alegação, nunca fundamentada, de que aquele jurista era "especialista na área da educação". O que então não se sabia era que Pedroso estava longe de ter concluído o trabalho, pago desde o fim de 2007. Só em Fevereiro de 2008 é que entregou uma pequena parcela do trabalho e só em Abril é que João Batista lhe escreveu a pedir o resto em dez dias, informando-o, já em Junho, de que estava em "incumprimento definitivo", e pedindo a devolução de "todas as quantias recebidas". Três meses depois, Pedroso responde, dizendo que aceita a rescisão e atribuindo o facto de não ter acabado o trabalho à "ignóbil campanha" desencadeada contra o ministério e contra ele próprio. Nessa carta, avalia a parte do trabalho feita em 80 por cento do total e propõe-se restituir 20 por cento do dinheiro recebido em prestações. O ministério contrapõe com uma estimativa de, "no máximo", 50 por cento, que é inicialmente rejeitada, acabando por ser aceite por Pedroso em 25 de Novembro último.

PORQUE TANTA VILANIA NÃO PODIA FICAR IMPUNE!


As escolas e os professores estão a mostrar claramente ao país que, e respectivamente, apesar de não estarem bem decoradas nem vestirem Armani, resistem ao ataque político como resistiram até hoje a todas as intempéries, pragas, parasitas e outras porcarias que as têm assolado. Hoje é o dia de amanhã, os professores mostram nas escolas o porquê de não estarem no parlamento, hoje começo a sentir-me orgulhoso de ser Professor... Dia 19 ainda me sentirei mais e tudo indica que a espiral continue, até os falsos credenciados por fax serem devolvidos à sargeta a que pertencem. Hoje o dia sorriu-me e não foi com salto à vara, foi, e tão só, por sentir que o respeito ainda pode ser possível para a classe mais produtiva e eficiente do país.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ASSALTO À VARA...


É extremamente injusto para as outras modalidades a cobertura desmesurada que se dá em Portugal ao futebol, mesmo que se trate do Cristiano Ronaldo e das coisas que ele ganhou. Lembro aqui outras modalidades muito menos conhecidas, mas onde temos brilhantes executantes como o Assalto à Vara... Veja-se que é uma disciplina muito mais técnica e acrescida da dificuldade de ter que ser executada com fato e gravata, o que a torna uma modalidade apenas possível para certos eleitos. Com os resultados que recentemente temos obtido nesta modalidade é uma injustiça não fazermos as parangonas que se fazem para os futebolistas...
Consulte aqui mais esclarecimentos...

Há imagens que valem mais que mil palavras...


segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

As varas e os varões assinalados...






Portugal em plena crise, tolhido de frio e à espera que a sua última nau afunde com todos nós lá dentro, vai assistindo à tomada dos barcos salva-vidas pelas eminências pardas que lançaram a nau para este rumo de perdição... Ao grito de mulheres e crianças primeiro, respondem, já bem sentadinhos nos seus botes de luxo, que não há direito nem moral nesta nau catrineta e que é uma vergonha. Os outros náufragos assistem indolentes a este assalto aos lugares de salvação, habituados que estão a verem as coisas funcionarem assim. O Capitão, o Imediato e os oficiais de bordo sabem que é assim e que serão eles a garantirem-lhes a salvação depois do barco afundado. Que se conheça não há náufragos destes na miséria, pelo que o fechar de olhos hoje é garantir um dos melhores lugar no amanhã. Sabem as regras, aprenderam há muito tempo que não há lugares para todos nos botes do Titanic, pelo que olham para o lado e assobiam descansados: o futuro sorri-lhes...
Quanto aos outros... que esperem por isto...

domingo, 11 de janeiro de 2009

A Bandeira Nacional é esta...



Novo Estatuto Político dos Açores reacende velha "guerra das bandeiras".
Chefias militares no arquipélago aguardam instruções sobre obrigatoriedade de se hastear a bandeira regional nos quartéis.
Enquanto não forem recebidas instruções em sentido contrário, as unidades dos Açores vão continuar a hastear apenas a bandeira nacional, de acordo com o que está previsto no Decreto-Lei n.º 150/87, garantiu o comandante da Zona Militar dos Açores, general Cameira Martins
Cavaco concordou.
Desta vez, semelhante norma não mereceu qualquer reparo ao actual Presidente da República.
O novo Estatuto dos Açores, promulgado a 29 de Dezembro e a aguardar publicação no Diário da República, refere que "a bandeira da região é hasteada nas instalações dependentes dos órgãos de soberania e nos órgãos de governo próprio na região ou de entidades por eles tuteladas, bem como nas autarquias locais".
Público

É com muita tristeza que li e comento esta notícia. Pelos vistos, os açorianos querem abandonar a bandeira portuguesa… Creio que entendo o general Cameira Martins, para um militar, habituado a honrar uma bandeira, não é fácil trocar esse objecto de honra que aprendeu a respeitar, mais, em rigor, os militares que servem mais que uma bandeira são os mercenários, com toda a carga moral que isso implica.
Pelo que leio na lei, "a bandeira da região é hasteada nas instalações dependentes dos órgãos de soberania e nos órgãos de governo próprio na região ou de entidades por eles tuteladas, bem como nas autarquias locais", ora seria o que mais faltava que os governos regionais passassem a tutelar as forças armadas, nesse caso, cumpria-lhe serem eles próprios a organizá-las, equipá-las e angariarem homens para nelas servirem e cumpria ao poder político nacional autorizá-lo. Como penso que nada disso aconteceu ou está em vias de acontecer, devem guardar a sua bandeirinha para as suas coisas e deixar a bandeira nacional flutuar sobre as cabeças dos homens que servem o estado português.
Pessoalmente, se estivesse a servir nas forças armadas ou paramilitares nacionais, recusaria fazê-lo sob outra bandeira que não fosse a minha, pelo que, consoante a situação, ou pedia a demissão ou a atempada transferência de lugar para não ter que servir sob esse trapo, sirvam os açorianos sob essa bandeira, que não é a minha e à qual não guardo respeito nenhum.
Quanto à anuência de Cavaco Silva já me parece normal, a partir do momento que deixou hastear no seu palácio uma bandeira nacional de crochet, parece-me capaz de tudo, pelo que não ligo nenhuma ao que ele pensa sobre o assunto.
Finalmente, espero que os açorianos quando houver futebol e andem por aí a agitar bandeirinhas com pagodes, se limitem a ficar quietos ou a agitarem a sua bandeira com a galinha ou lá que ave é aquela…