sexta-feira, 16 de maio de 2008

Escolhe antes um frango morto para te ouvir







Um belo dia, um cretino resolveu achar que todos os outros eram suficientemente cretinos, e pelos vistos foram-no, para tolerarem as suas cretinices indefinidamente. Esse cretino, que rebarbado com alguma transmissão televisiva do Clinton, o americano, que corria pelas ruas nas visitas que fazia só para se sentir, ilusoriamente, importante e cuja preguiça intelectual só era ultrapassada pela sua falta de pundonor e responsabilidade ética levando-o, à velha maneira do português saloio a arranjar uma marosca para que lhe chamassem doutor ou engenheiro ou fosse lá o que fosse, pensou que a sua impunidade divina, ainda para mais viajando em pleno céu, era a bastante para comprar os parasitas que o acompanhavam, quais carraças que acompanham o cão que dorme.
Por qualquer motivo que desconhecemos, pelo menos eu, tal já se teria passado anteriormente ou, aliás, era o habitual nas visitas que o ruço do jogging fazia; um dos penduras que o acompanhavam chibou-se e caiu o Carmo e a Trindade… Que não, que não sabia… que continuava a não saber e que se preciso fosse jurava pela mãe e os filhinhos que assim era. Vejamos, um charter (ou voo fretado) não é mais do que um avião normal, apenas com duas diferenças, a primeira que compramos os lugares todos e, neste caso, que não é quem viaja que as paga… É como um táxi. Por ser fretado por mim, não deixa de ser um transporte público e, como tal, sujeito às mesmas leis. Quer agora o cretino fazer crer ao pagode, ao povoléu, que o não sabia? Então, é a prova evidente que mostrou perante o povo que governa, que nem sequer é grande coisa, que não é digno de executar essa missão, não está à altura, já são merdas a mais sempre a bater no mesmo, a ir ter ao mesmo e com o cretino como protagonista…
Finalmente, vem sempre como virgem inocente e humilhada por uns malandros que só querem o seu mal, que não lhe compreendem as falhas e até são de um “calvinismo moral radical.” Pergunto, está-nos o cretino, mentiroso contumaz e compulsivo, a falar de moral? De Calvino? Que sabe o homem disso? Porque não nos poupa a cabeça e escolhe um frango morto para ouvir os seus discursos e dar as suas explicações? Vem de bom sítio, lá teve certamente bons exemplos, mas aqui estamos na Europa, ou pelo menos devíamos estar, e não numa vilória qualquer do interior onde só o abade se peida sem ninguém ouvir e ninguém cheirar.
Além disso, eu também deixei de fumar, há cerca de cinco minutos, e não me ando para aí a vangloriar de uma coisa que faço 30 ou 40 vezes por dia… Senhorzinho… vá e não volte. Se se quiser internar, bem eu dar-lhe-ei 100 motivos mais importantes e válidos para o fazer antes do malfadado tabaquinho. Quanto ao vigilantismo político e o que lhe está associado… o mínimo que eu lhe posso exigir é que se cale e mude o seu escritório para a António Maria Cardoso.
Fume o que quiser, com quem quiser, onde quiser, por onde quiser, mas abstenha-se de falar sobre isso… ou então, repito, escolha um frango morto e fale com ele.

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