Notáveis lançam manifesto contra o Acordo Ortográfico
“Um conjunto de figuras de relevo ligadas aos mundos da cultura, política e economia acabam de lançar um manifesto, em forma de petição online, no qual assumem frontal crítica ao Acordo Ortográfico. São signatários deste documento, entre outros, Vasco Graça Moura, Eduardo Lourenço, Mário Cláudio, Maria Alzira Seixo, António Emiliano, José Pacheco Pereira e António Lobo Xavier. A petição está disponível em http/www.ipetitions.com/petition/manifestolinguaportuguesa e já conta mais de mil e cem assinaturas.” Etc., Etc., quem quiser pode ler o resto da notícia em: http://dn.sapo.pt/2008/05/04/artes/notaveis_lancam_manifesto_contra_o_a.html . Digo eu, ainda bem, embora preveja que se tornará em mais uma comissão de prebendas e jantaradas para os notáveis do costume e pagas pelos otários do costume. No entanto, embora seja contra este acordo, pelo menos nos moldes em que tem sido apresentado, e já aqui o tinha escrito, creio que há dois dias em Talvez a propósito do post Happy Birthday, Mister PRESIDENT , penso que o mais grave e mais importante é a questão cultural que lhe está subjacente. Também, ainda noutro dia falava na questão fulcral subjacente a isso no post "'Nova Águia' retoma a ideia de Pátria e repensa Portugal a partir da lusofonia" , esta é, pois, em mim uma questão recorrente, pelo que vejo com satisfação o interesse que estas questões têm despertado, apesar disso a minha esperança não é muita, pois os modelos existentes começam a estar gastos, são os espectros, os modelos históricos empalhados de que nos falava António Sérgio, esse enorme vulto da Renascença Portuguesa e da cultura portuguesa, o afinador de pianos e desinquietador de intelectos que, por cerca de sessenta anos efectivos, serviu o país e a pátria portuguesa, naquilo que tem de mais intrínseco que é a sua língua. É curioso verificar que quando eu por vezes comento que Sérgio antecedeu Pessoa, numa vintena de anos, naquele belíssimo chavão: a minha pátria é a língua portuguesa, as pessoas tendem a desconfiar de mim, primeiro porque, normalmente, desconhecem Sérgio, segundo porque também desconhecem Pessoa, o que acaba por dar uma grande baralhada, de Pessoa ficou na memória e conhecimento do português comum, alguns dichotes bonitos e, para os mais avançados, a seca de ter tido que o estudar…
Já que os notáveis deste país parecem (?) querer trazer isto tudo de novo à baila, se for do vosso interesse, poderei apresentar-vos, aqui, das melhores controvérsias literárias e culturais que premiaram o nosso início do século como uma idade de ouro que será difícil, mas não impossível, de tentar repetir… Que os notáveis venham à baila, que os eruditos saiam à liça e que os jornalistas não manipulem a seu contento e veremos se em Portugal ainda é possível falar de cultura, de literatura, linguística, filosofia, história ou o que quer que seja… Muito me espantará que a minha voz encontre algum eco, porém, bradar aos céus é um direito e se não for ouvido não correrei risco de ofender ninguém…
Por agora, não vos maço mais. Apenas um esclarecimento que os doutos notáveis parecem ter olvidado, a revista/jornal que vos apresento: “A Vida Portuguesa”, foi um órgão dos mais fabulosos da Renascença Portuguesa e que, se me mostrarem interesse nisso, terei muito prazer em divulgar mais, sobretudo no que respeita às majestosas polémicas entre Sérgio, Cortesão, Proença, Pascoaes & Cia.
Se alguém conhecer algum dos notáveis, não deixe de lhes pedir para ler esta revista, como muitas outras, e só para citar de cor, a Atlântida e a Pela Grei. Para finalizar predisponho-me, com mais tempo, a fazer um artigo muitíssimo mais profundo sobre o assunto, que conheço relativamente bem, e para vos aguçar o apetite e vos fazer pensar diria aquilo que Sérgio escreveu há 90 anos e que subscrevo, ainda que citando de memória, mandar um aluno para as nossas escolas de hoje em dia, é como querer ensinar alguém a conduzir enfiando-o no museu dos coches.
ps: o autor que o Paulo Pedroso procura é Platão e a obra “Alcibíades II”, aliás uma obra maravilhosa e pouco conhecida do divino filósofo.
Já que os notáveis deste país parecem (?) querer trazer isto tudo de novo à baila, se for do vosso interesse, poderei apresentar-vos, aqui, das melhores controvérsias literárias e culturais que premiaram o nosso início do século como uma idade de ouro que será difícil, mas não impossível, de tentar repetir… Que os notáveis venham à baila, que os eruditos saiam à liça e que os jornalistas não manipulem a seu contento e veremos se em Portugal ainda é possível falar de cultura, de literatura, linguística, filosofia, história ou o que quer que seja… Muito me espantará que a minha voz encontre algum eco, porém, bradar aos céus é um direito e se não for ouvido não correrei risco de ofender ninguém…
Por agora, não vos maço mais. Apenas um esclarecimento que os doutos notáveis parecem ter olvidado, a revista/jornal que vos apresento: “A Vida Portuguesa”, foi um órgão dos mais fabulosos da Renascença Portuguesa e que, se me mostrarem interesse nisso, terei muito prazer em divulgar mais, sobretudo no que respeita às majestosas polémicas entre Sérgio, Cortesão, Proença, Pascoaes & Cia.
Se alguém conhecer algum dos notáveis, não deixe de lhes pedir para ler esta revista, como muitas outras, e só para citar de cor, a Atlântida e a Pela Grei. Para finalizar predisponho-me, com mais tempo, a fazer um artigo muitíssimo mais profundo sobre o assunto, que conheço relativamente bem, e para vos aguçar o apetite e vos fazer pensar diria aquilo que Sérgio escreveu há 90 anos e que subscrevo, ainda que citando de memória, mandar um aluno para as nossas escolas de hoje em dia, é como querer ensinar alguém a conduzir enfiando-o no museu dos coches.
ps: o autor que o Paulo Pedroso procura é Platão e a obra “Alcibíades II”, aliás uma obra maravilhosa e pouco conhecida do divino filósofo.
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