quinta-feira, 1 de maio de 2008

Novo partido formalizado ontem defende o voto obrigatório


Novo partido formalizado ontem defende o voto obrigatório



Bom… do ISCTE… Mérito e Solidariedade? Entre eles? MMS? Voto obrigatório… Bom… Não me parece inteiramente mal… Pergunto aos distintos candidatos a políticos de nomeada, têm meios para o fazer? O que vale para esses senhores o voto de um cretino que, por pudor intelectual, prescinde de votar ou de outro que tão drogado está que é necessário o INEM ir buscá-lo para cumprir a sua ‘obrigação cívica’? Quem é que está doente? Estes tipos ou a sociedade que os atura? Contrariamente ao que se fala para aí, sempre defendi, defendo e defenderei, que o voto não é um direito, nem cívico nem coisa nenhuma, antes de mais, teria que ser uma conquista, algo que desse trabalho; assim como a carta de condução em que tem de ser feito um exame que nos habilite a compreender o que é respeitar os outros e ser respeitado… Para mim isto é tão óbvio que nem me merece discussão… Mas, prossigamos; será que não se lembram, os ilustres iluminados do ISCTE das sábias palavras de Afonso Costa, que recusou os votos dos cretinos, indigentes e analfabetos? Querem continuar a ver um país governado por manifestações que são conseguidas à custa de copo, bucha e de velhotes sequiosos de sair da pasmaceira onde vivem? Uma excursão aonde? E dão almoço, lanche e pinga? Ou sou eu que sou estúpido, o que é uma possibilidade muito séria a considerar, ou são Vossas Excelências. Julguem por vós próprios e não se esqueçam de obsequiar o MMS, ou seja lá o que for, por mais uma obrigação… qual será a multa? Proponho o corte de uma mão à primeira falta ao voto, um pé e a outra mão se forem reincidentes, etc, se a abstenção, ainda assim, for superior a 20% o corte do pescoço dos candidatos… Sou radical? Peço apenas que os cultíssimos senhores do ISCTE, ou seja lá de onde forem, que leiam, e certamente devem ter lido e relido, “A Decapitação dos Chefes” de Italo Calvino.[1]
Vão-se curar ou… falem uns com os outros… Se calhar, e assim o espero, nasceram ontem e morrerão amanhã, talvez por um ataque de hemorroidal…


[1] Italo Calvino, “A Decapitação dos Chefes” in A Memória do Mundo, Lisboa, Teorema, pp.137-151, s.d. © 1993.

Sem comentários: