sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Será este o nosso fado?


Confesso que a minha estupefacção ao ouvir um tal Manuel Valente, Presidente da Federação das Associações de Pais do Porto, é mais do que as minhas pobres palavras conseguem exprimir… Contudo, das declarações que ouvi emanadas de tão insólito personagem, creio dever salientar algumas ideias.
A primeira é que se tratou de um caso encomendado, pois não saberá o Manuel que casos graves de indisciplina, muitos bem piores do que esta parvoíce, são o quotidiano das nossas escolas? Está muito mal informado, não é preciso encomendar situações destas, elas são naturalmente abundantes.
A segunda é que se tratavam, veja-se o português: “os alunos, numa situação destas, são alunos de qualidade,” eu sugeria, no mínimo, o adjectivo duvidosa… mas, ok, que sejam repreendidos e que prometam não voltar a usar armas falsas.
A última e a minha preferida, é que os telemóveis deveriam ser proibidos no espaço de aulas. Ora, como o Manuel também é Valente, eu sugeria que ele fosse às escolas tirá-los aos alunos… Gostava de ver como é que ele o faria… colocava-se à porta da escola e, depois de revistar os alunos, ia atirando os aparelhitos para um bidão que no final seria enviado para a reciclagem? Ia de sala em sala? Não sei, mas gostaria de saber quais são as suas propostas para resolver este assunto. E, já agora, como tencionaria ele sobreviver aos alunos e aos seus paizinhos, já que deve ser especialista em psicologia de pais… Não sei, mas gostava…

Será que estamos condenados a que as associações de pais se resumam a Albinos Almeidas e Manueis Valentes? Parece-me que o AA tem aqui um sério rival...


Tudo pode ser conferido e escutado aqui...

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando estava a passar a notícia pensei que se tratasse do Albino.

É tão patético o conteúdo das afirmações e sendo esta a imagem de marca de tudo o que é proferido por esses tipos, então só me resta, ou desligar a pilha ou, então, começar a pensar seriamente em processar essa gente pelas más influências que são para os jovens cidadãos deste país. Tão grave como a pistola de plástico são os palavrões que não são do domínio de uma linguagen decente a usar em sala de aula.
Tenho cada vez mais vergona do país onde sou obrigada, diariamente a conviver com grunhos de todas as idades. Tenho dito.

mg