Foi com muito agrado que comecei a ler a notícia do DN que dizia estar de volta ‘a Nova Águia’, tanto mais que concordo em absoluto com o que comecei a ler: “Uma nação "não pode reduzir-se aos entusiasmos fugazes da expectativa de proezas futebolísticas. Há que refundar Portugal", lê-se no manifesto da revista Nova Águia, que chega às livrarias no dia 19.” Bem, depois continuei a ler e as minhas desconfianças foram-se avolumando… Até obter a certeza de que, ao invés de estarem a retomar o espírito e pluralidade da antiga A Águia, estavam apenas a conspurcar-lhe o nome ou, o que para mim vai dar ao mesmo, a servirem-se dele para fins comerciais. Reparem só no conjunto de colaboradores da genuína revista e comparem com os da actual, sendo que na primeira eram autores e pensadores desconhecidos, assim capazes de trazer novidade, e nesta são as trutas do costume, em mais um espasmo habitual, certamente muito bem patrocinado… O ridículo da coisa só ainda vai mais longe com a sua periodicidade… Semestral??? Vejam que a original era quinzenal e saibam que, por vezes, os seus colaboradores tinham de andar a arranjar dinheiro entre eles para a publicarem… Como é que tão ilustres senhores querem agora intervir culturalmente no país ou alterar o que quer que seja fazendo-o semestralmente, numa época em que a velocidade e quantidade de informação são alucinantes? Bato-lhes hoje uma palma… daqui a seis meses talvez bata outra e assim sucessivamente… Agora esqueçam é a ideia de se julgarem continuadores da Renascença Portuguesa, pois o seu espírito era o de fazer para ontem e intervir dinamicamente na sociedade, algo que não me parece que sejam capazes, sequer, de tentar esboçar. Tomem antes um chazinho…
"É MUITO DIFÍCIL QUE NÃO SENDO HONRADOS OS PRINCIPAIS CIDADÃOS DE UM ESTADO, OS OUTROS QUEIRAM SER HOMENS DE BEM; QUE AQUELES ENGANEM E ESTES SE CONFORMEM COM SER ENGANADOS." MONTESQUIEU, De l'Esprit des Lois,I:III,5
quinta-feira, 1 de maio de 2008
"'Nova Águia' retoma a ideia de Pátria e repensa Portugal a partir da lusofonia"
Foi com muito agrado que comecei a ler a notícia do DN que dizia estar de volta ‘a Nova Águia’, tanto mais que concordo em absoluto com o que comecei a ler: “Uma nação "não pode reduzir-se aos entusiasmos fugazes da expectativa de proezas futebolísticas. Há que refundar Portugal", lê-se no manifesto da revista Nova Águia, que chega às livrarias no dia 19.” Bem, depois continuei a ler e as minhas desconfianças foram-se avolumando… Até obter a certeza de que, ao invés de estarem a retomar o espírito e pluralidade da antiga A Águia, estavam apenas a conspurcar-lhe o nome ou, o que para mim vai dar ao mesmo, a servirem-se dele para fins comerciais. Reparem só no conjunto de colaboradores da genuína revista e comparem com os da actual, sendo que na primeira eram autores e pensadores desconhecidos, assim capazes de trazer novidade, e nesta são as trutas do costume, em mais um espasmo habitual, certamente muito bem patrocinado… O ridículo da coisa só ainda vai mais longe com a sua periodicidade… Semestral??? Vejam que a original era quinzenal e saibam que, por vezes, os seus colaboradores tinham de andar a arranjar dinheiro entre eles para a publicarem… Como é que tão ilustres senhores querem agora intervir culturalmente no país ou alterar o que quer que seja fazendo-o semestralmente, numa época em que a velocidade e quantidade de informação são alucinantes? Bato-lhes hoje uma palma… daqui a seis meses talvez bata outra e assim sucessivamente… Agora esqueçam é a ideia de se julgarem continuadores da Renascença Portuguesa, pois o seu espírito era o de fazer para ontem e intervir dinamicamente na sociedade, algo que não me parece que sejam capazes, sequer, de tentar esboçar. Tomem antes um chazinho…
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4 comentários:
Caro "Quink644":
Há comentários que apenas "conspurcam" quem os faz...
Muito cordialmente
Renato Epifânio
Direcção da NOVA ÁGUIA
Renato Epifânio
Direcção da NOVA ÁGUIA
Creio que se ler o que eu escrevi, sem o fazer a quente, verificará que está a ser injusto no seu comentário. De insultuoso os meus textos não têm nada... Provocadores, polémicos? Talvez e não era esse o espírito da Renascença Portuguesa que os senhores agora querem retomar?
A meu ver, urge relançar esse espírito e só pecam por tardias todas as iniciativas para esse fim, porém, não comecem com o passo errado...
cordialmente,
quink644
A 2ª mensagem apenas foi removida porque me enganei e publiquei a mesma duas vezes.
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