terça-feira, 14 de outubro de 2008

Cunhas e meninos ricos... 4



Afinal há culpados e têm nomes... Erraram gravosamente, logo deviam ser demitidos...


Erros de cálculo podem determinar perda de lugar no ensino superior.
Equivalências: pelo menos setenta alunos tiveram notas inflacionadas.


A 5 de Setembro, Valter Lemos assinou a proposta de portaria mas, dias depois, mandou cancelar. “Foi-me dito pelos serviços da DGIDC e do ensino superior que havia um vazio legal e que era urgente que a proposta fosse assinada, sob pena de aqueles alunos não poderem concorrer à universidade. Fi-lo de boa fé e sem saber que já havia certificados passados”, explicou. A informação sobre as implicações da aprovação da portaria acabou por a receber dias depois, quando o seu gabinete jurídico analisou a proposta. “Não quis empatar o processo e assinei antes de ter esta apreciação. Quando me disseram mandei anular”.


A isto chama-se, na melhor das hipóteses assinar de cruz... e sacudir a água do capote... Então um funcionário deste nível assina um documento para não empatar, sem antes ver o que está a fazer? Se calhar foi por andar muito ocupado a distribuir magalhães, em vez de fazer o trabalho que lhe competia. Quando a tramóia dos meninos ricos foi conhecida, começou a fuga do rabo à seringa... Arranje-se aí alguém para levar com as minhas culpas que eu depois compenso-o, isto é, promovo-o... O que aconteceu ao funcionário da ERC que cometeu o erro com a questão do Inginheiro? Ninguém sabe? Pois é, o silêncio paga-se caro.

E assim vai o país... No final criam-se vagas extra, os meninos ricos entram todos para onde queriam, o funcionário depois de umas férias é promovido, Valter Lemos acrescenta mais uma coroa de santo à sua enorme colecção e tudo termina bem. É bom ser menino rico...


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